GAMA
O título acima não é dedicado ao time do Distrito Federal nem a letra do alfabeto grego, refere-se a Geração Amazon, Magalu e Americanas – GAMA. Nosso propósito é falar sobre as pessoas inseridas no mundo das três grandes empresas que operam no do varejo brasileiro e disputam quem entrega uma mercadoria em menor tempo.
Portanto, vamos falar sobre pressa. Este fenômeno que está transformando a sociedade em uma legião robôs. Desculpem o exagero, mas é assim que tenho percebido. Recentemente fiquei trinta dias fora da minha residência em João Pessoa, passei por Pernambuco, Ceará e São Paulo. Nesta viagem pude perceber quanto nós estamos movidos por uma pressa exagerada.
Vamos a um exemplo básico: Muitos ao entrarem em um elevador acionam o botão do andar para onde estão indo e na sequência um botão que fecha a porta mais rápido como se essa diferença de frações de segundos fizesse alguma diferença. Estas e outras escolhas podem, levadas para outras práticas do cotidiano, indicar o modo de vida das pessoas.
Sou de uma época que a falarmos com alguém que viria consertar algo em nossa residência perguntávamos: Que dia você vem? Hoje a pergunta é: Quanto tempo você gasta para chegar? Aqui cabe um esclarecimento. Esta palavra “tempo” está no lugar de “minutos” e nas entrelinhas está dizendo “horas” são uma eternidade.
A disputa de tempo entre as empresas acima para ganhar a preferência dos clientes que utilizam vias eletrônicas disponíveis é salutar para o mercado delas. Inserir essa velocidade em nossa prática diária, expondo ao limite seres humanos que carecem de tempo para pensar, decidir e agir é, para este cronista, um caminho de muito risco. Quem pensa diferente tem meu respeito. Fica a indagação: Vale a pena essa correia toda? Responda para você mesmo, a vida é sua e as sequelas também.