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Orquestra Sinfônica do Recife tem nova regência

Prefeito João Campos anunciou que Lanfranco Marcelletti Jr. assume a direção artística e a regência da Orquestra, ao lado de José Renato Accioly, que será seu maestro adjunto. Primeiro concerto deve acontecer ainda este ano, em data que será divulgada em breve

O prefeito João Campos anunciou, na noite de hoje (9), os nomes de Lanfranco Marcelletti Jr. e José Renato Accioly para assumir a direção e regência da Orquestra Sinfônica do Recife, já a partir deste mês de dezembro. Marcelletti passa a ocupar o cargo de diretor artístico e maestro regente titular do conjunto sinfônico, considerado o mais antigo do país em atividade ininterrupta. José Renato Accioly será seu maestro adjunto.

“Hoje a gente vem dar uma importante notícia para o Recife e para a nossa cultura. Nós que temos a Orquestra Sinfônica mais antiga do Brasil em funcionamento ininterrupto, a gente vai dar um novo passo, a partir de hoje, a gente conta com dois importantes reforços para nos ajudar no dia a dia do funcionamento da Orquestra Sinfônica do Recife. O maestro Lanfranco e o maestro José Renato vão nos ajudar, junto aos músicos da Orquestra Sinfônica , a poder construir um caminho em direção ao centenário”, anunciou João Campos. “A nossa orquestra já tem 91 anos e agora, nesses próximos nove anos, para a construção do centenário, a gente precisa cada vez mais da valorização, do empenho, da participação, da função social e cultural que a orquestra tem. Que ela possa se aproximar cada vez mais das pessoas, mostrando a nossa cultura, podendo ter um papel de preenchimento, porque muitas vezes acontece, um vazio cultural e social, então que a gente seja presença, que seja luz, que seja oportunidade. Então aqui eu dou as boas vindas a nossa crença na orquestra e no bom trabalho, e que ela possa fazer aflorar o nosso imenso potencial cultural, sempre colocando Recife na vanguarda”, finalizou ele.

Os novos regentes da Orquestra, fundada no dia 30 de julho de 1930 e declarada patrimônio cultural do Recife em 2018, foram recebidos no gabinete do prefeito há pouco e declararam seu entusiasmo diante do desafio da condução artística do grupo que protagoniza os primeiros capítulos da história da música sinfônica brasileira e também o início da trajetória pessoal e profissional de cada um.

“A Orquestra Sinfônica do Recife não é somente a mais antiga do país. Representa também o início da minha própria história. Foi com ela que cresci, foi com ela que aprendi a sonhar em ser músico e foi nela que conquistei meu primeiro trabalho profissional, como regente assistente, em 1992, ao lado de Diogo Pacheco. Essa orquestra foi minha grande escola. Quando fui estudar no exterior, a experiência que tinha, eu devia toda a ela. E agora, às vésperas de seus 100 anos, poder ajudar a conduzi-la de volta a seu lugar de prestígio e importância é algo que me deixa muito honrado. Ainda mais porque contarei com a grande ajuda do maestro José Renato nessa caminhada. E também com a toda a Orquestra, formada por grandes músicos. É um momento muito importante da minha vida. Depois de tanto tempo, voltar para essa Orquestra que me deu tantas coisas e que considero minha casa, me deixa verdadeiramente feliz, honrado e com muita vontade de fazer um grande trabalho”, declarou Lanfranco Marcelletti Jr.

“A Sinfônica do Recife, para mim, sempre foi uma referência das mais importantes. Desde criança, me encantava aquela sonoridade grande, que fazia a gente se sentir dentro de um mar de som. Mais tarde, quando comecei a estudar música e a atuar como profissional, o encantamento continuou. É muito especial essa oportunidade de compor, ao lado de Lanfranco, a regência da Sinfônica, com que tenho uma relação tão pessoal. Sou formado há muitos anos, já fiz muita coisa em minha vida profissional, mas a Orquestra Sinfônica do Recife sempre fez e faz parte de meu ideal afetivo-musical. Chegar no Santa Isabel como anfitrião será uma grande emoção, a realização de meu ideal sinfônico de infância”, afirmou José Renato Accioly.

O concerto de estreia da nova regência deverá acontecer ainda neste mês de dezembro, em data que será anunciada em breve. Por ora, um novo projeto de atuação está sendo construído, junto com o calendário de apresentações regulares da Orquestra Sinfônica do Recife para 2022. “Estamos planejando uma programação intensa, com apresentações no teatro e fora dele, percorrendo a cidade e explorando um vasto repertório, com a presença frequente de artistas convidados. Tudo em absoluta consonância com os protocolos sanitários, evidentemente”, antecipou Lanfranco.

“Estamos planejando uma grande retomada para a Orquestra, que é uma referência para o Recife, para Pernambuco e para todo o Brasil, e já foi considerada uma das cinco melhores do país”, acrescentou José Renato.

Para os músicos que integram a Orquestra Sinfônica, o momento é de esperança, expectativa e entusiasmo. “O nome de Lanfranco não tem somente o nosso respaldo. Tem também nossa luta. Foi uma indicação nossa. Poder voltar a conviver com o público do Recife sob a regência de um maestro em que acreditamos tanto é um grande recomeço. Retomaremos com o pé direito nosso caminho rumo ao centenário”, celebrou Andressa D’Ávila, violonista e membro da comissão representativa da Orquestra Sinfônica do Recife, que tem participado de reuniões freqüentes com o poder público municipal desde o início do ano, para planejamento dessa retomada, entre outras deliberações.


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