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Primeira reunião do CEDES/Recife institui câmara técnica para discutir sobre Educação

Com a estratégia de criar poderosa ferramenta de participação social com objetivo de fazer escuta permanente no mais alto nível da esfera municipal, o prefeito João Campos comandou, nesta quarta-feira (24), a primeira reunião do Conselho Estratégico de Desenvolvimento Econômico e Social do Recife (CEDES/Recife). A iniciativa é um reconhecimento na prática de que só o diálogo contínuo e intenso entre sociedade civil e poder público promoverá a capacidade de superar os desafios vivenciados na cidade. Já no lançamento, João Campos anunciou a criação da Câmara de Educação para produzir, direcionar ações, formular estudos e propostas sobre temas voltados para o segmento. O encontro realizado de forma híbrida, no Mar Hotel Conventions, em Boa Viagem, e de forma online, contou com a presença dos 53 Conselheiros Eméritos.

“A gente hoje faz a primeira reunião do Cedes, que é o Conselho Estratégico de Desenvolvimento Econômico e Social do Recife, conselho que reúne representantes de diversos segmentos, diversas áreas da cidade, conjuntos diferentes que possibilitam que a gente possa fazer um debate sobre a cidade ouvindo aqueles que fazem a cidade e representam os grupos organizados do Recife”, explicou o prefeito João Campos.

“Nós temos um objetivo muito claro de poder intensificar o canal de diálogo pra ajudar na governança, na governabilidade. Só acerta quem escuta. Aqui é um fórum de diálogo e de discussão que faz parte da estratégia de participação social da nossa gestão”, acrescentou o prefeito.

“A câmara que já é criada por uma decisão nossa, imediata, é a Câmara de Educação. Entendendo que a Educação sempre será a nossa prioridade. A única câmara criada no ato do evento, pela discricionariedade do prefeito. E a gente vai escutar, fazer uma coleta de quais são os interesses por novas câmaras e a gente vai poder anunciar já na próxima reunião quais serão as novas câmaras que irão discutir os temas setorizados”, anunciou o gestor.

Levando em conta a pluralidade necessária para o enriquecimento do debate, o corpo de Conselheiros Eméritos é formado por personagens icônicos e formadores de opinião com forte inserção e representatividade junto à sociedade civil do Recife representando diversos segmentos sociais. Entre os conselheiros estão a economista Tânia Bacelar; o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; o músico Maestro Spok; o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena; o presidente do Sistema Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto; a chef Carmen Virgínia; o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger; a presidente da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE), Chopelly Santos; o presidente do Movimento Atitude, Guilherme Ferreira Costa; os ex-ministros Sérgio Rezende e Raul Jungmann; o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes; o professor e cientista Silvio Meira; o professor, pesquisador e empresário João Recena e o presidente da CDL-Recife; Frederico Leal; dentre outros importantes nomes da sociedade civil.Uma das características do colegiado é a sua pluralidade, com personagens importantes de áreas como Economia Criativa; Esportes; Tecnologia e Inovação; Educação; Religião; Conselho e Sindicatos; Cultura; Academia; Turismo; Movimentos Sociais; Meio Ambiente; Lideranças Locais; e Setor Privado. “A ideia básica desse tipo de colegiado é a de influenciar políticas públicas. É o dirigente máximo que toma iniciativa para buscar ouvir, antes de decidir. Essa é a natureza desses conselhos, uma ampla instância consultiva do poder executivo”, destacou a economista Tânia Bacelar.

No encontro, o músico Cannibal, conselheiro do CEDES, compartilhou os desafios do início da carreira, o estigma coletivo de se viver em comunidades, a forma como empoderou e ajudou no autopertencimento dos moradores do Alto José do Pinho; e ainda, o quanto é importante a oportunidade na vida das pessoas. “Recife faz parte da movimentação cultural do estado. A gente como representante, principalmente das periferias, é muito importante estar envolvido em uma reunião como essa pra gente passar para as pessoas o que vem de cultura, a própria cultura das periferias, como ela é forte e como ela se difunde dentro do estado e dentro do Brasil. Nós sabemos que desde a época do Movimento Mangue, que Recife tem uma visão muito ampla do mundo. Então, muitas pessoas olharam para Recife por causa da musicalidade, por causa da cultura, por causa da diversidade cultural. Então, estar dentro de uma reunião como essa é muito importante, até para dar mais visibilidade para a periferia”, destacou o músico Cannibal.

Também como membro do conselho, o professor e cientista Silvio Meira destacou a importância de discutir estratégias para a cidade. “A gente está em um momento muito especial em todas as cidades. As pandemias anteriores, as grandes pandemias do começo desse século e do século 14 , modificaram dramaticamente o papel da cidade, as articulações nas cidades e entre as cidades. Como o próprio nome do Cedes diz “Conselho Estratégico de Desenvolvimento Econômico e Social”, as cidades que vão sair dessa pandemia de forma mais sustentável, mais acelerada, mais resiliente, serão as cidades que desenharem estratégias, grandes estratégias, e conseguirem criar as competências, as habilidades e os recursos para se reposicionar e redesenhar sua presença na articulação global dos negócios”, vaticinou.Como solução para a capital pernambucana, o professor ressaltou o cuidado com o ser humano. “O que eu penso é que muito antes da gente olhar pra tecnologia, a gente tem que olhar para as pessoas. A primeira coisa é básica: que competição e habilidades as pessoas do Recife têm que ter para serem cidadãos globais para competir no mundo inteiro. O nosso principal problema é como é que a gente desenha educação e cria oportunidades para maior quantidade possível de recifenses, que já estão aqui e para aqueles que a gente vai atrair pra cá. Este é nosso problema estratégico: Como educar, como criar oportunidades e atrair pessoas e empresas para o futuro do Recife”, pontuou.

O encontro foi liderado pelo secretário executivo do CEDES, Marcos Toscano. A apresentação do modelo de gestão e participação social e da proposta de Mapa da Estratégia 2021/2024, ficou a cargo do secretário de Planejamento, Gestão e Transformação Digital, Felipe Martins.

Na primeira reunião do CEDES ainda estiveram presentes a vice-prefeita Isabella de Roldão, outros secretários municipais e o presidente da Câmara Municipal do Recife, Romerinho Jatobá. Na pauta da primeira reunião, o Conselho apresentou seus objetivos prioritários, o modelo de gestão e participação social da Prefeitura do Recife, a conjuntura relacionada às temáticas estratégicas, além de promover o primeiro debate entre conselheiros e apresentar a proposta de Mapa da Estratégia da Gestão. Também, ao final, o prefeito João Campos, formalizou os primeiros encaminhamentos.

“A gente faz hoje a abertura do CEDES e formaliza os senhores e as senhoras como conselheiros da cidade. Foi tão bom apresentar as diretrizes que têm nos norteado e perceber o quão diversa é nossa cidade. A gente vai ter uma tarefa intensa e precisamos ter efetividade nas ações. Tudo que foi dito aqui está sendo pontuado, naturalmente a gente vai observar quais são os temas de maior ocorrência, vamos endereçar um rápido questionário para definir os trabalhos que terão pela frente. E as câmaras terão um trabalho objetivo de poder mergulhar sobre esses problemas, sem medo de enfrentá-los, nem constrangimento de admitir que eles existem, pra gente poder buscar as soluções concretas para a vida das pessoas”, finalizou o prefeito João Campos.

O CEDES/Recife possui uma Secretaria Executiva, que tem como uma de suas atribuições a assistência e assessoramento de caráter técnico e administrativo ao Conselho; uma Plenária, que assumirá a deliberação sobre as diretrizes e programas de ação do Conselho, a elaboração de estudos e propostas de políticas públicas ligadas ao desenvolvimento econômico e social da cidade, entre outros; e Câmaras Temáticas, que serão formadas de acordo com as necessidades apontadas pelo Conselho e com funcionamento temporário, terão o trabalho de formular estudos e propostas sobre temas específicos encaminhados pela Presidência ou pela Secretaria Executiva.

Além disso, o colegiado assumiu um importante protagonismo enquanto articulador junto à sociedade na busca por diálogo, escuta ativa e participação efetiva de especialistas nas áreas econômica e social, de representações governamentais e de entidades da sociedade civil. Fará parte da sua rotina de trabalho desse colegiado a proposição de iniciativas que gerem emprego e renda e promoção e preservação de justiça social e do meio ambiente, a partir da construção de alianças no âmbito público e privado nas esferas federal, estadual e municipal.


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