A vice-governadora de Pernambuco Luciana Santos foi reconduzida, neste domingo (17), à presidência nacional de seu partido, o PCdoB. Ela continuará a comandar a sigla pelos próximos quatro anos. A reeleição aconteceu durante o Congresso da legenda, que se encerrou neste domingo, após três dias de deliberações. No evento, foi aprovada também uma resolução política com foco no fortalecimento da agremiação e na luta para isolar e derrotar o governo Bolsonaro.
Luciana chegou à presidência nacional do seu partido, em maio de 2015. Foi a primeira mulher a ocupar tal posição. Em 2017, teve o mandato renovado, algo que se repetiu neste domingo. A dirigente assumiu a liderança dos comunistas em um momento difícil para as forças progressistas, que incluiu o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a ascensão da extrema-direita.
Sob sua condução, o PCdoB oficializou, em 2019, a incorporação do Partido Pátria Livre, o que lhe permitiu superar a cláusula de barreira e manter seu pleno funcionamento institucional. A dirigente também liderou o movimento pela aprovação das federações partidárias no Congresso Nacional, uma inovação democrática que incide para preservar o pluralismo político no Parlamento.
O 15° Congresso Nacional do PCdoB aconteceu de forma virtual, com a participação de mais de 600 delegados. No sábado, ocorreu o ato político da atividade, com a participação de personalidades de diversos partidos, a exemplo do ex-presidente Lula; o ex-ministro Ciro Gomes; os senadores à frente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD/AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-candidato à Presidência Nacional Guilherme Boulos (Psol).
Ao fim do Congresso, o PCdoB aprovou uma resolução que irá nortear a sua atuação pelo próximo período. No centro do documento, está a necessidade de construir uma frente ampla contra o governo Bolsonaro e de fortalecer a sigla para que tenha maior influência na vida do país.
Neste sentido, foi aprovada uma plataforma programática de enfrentamento ao bolsonarismo e à profunda crise econômica que vive o país, a partir de uma união de forças em defesa da democracia e do protagonismo do Estado com investimento público e o mercado interno alavancado pelo poder de compra dos salários. Tal documento dará as diretrizes para a participação do PCdoB em uma eventual federação partidária, que deve ser pautada por uma agenda comum entre os partidos para o país