O Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe) reuniu, nesta terça-feira (10), representantes da esfera estadual e dos movimentos sociais para debater as potenciais soluções que viabilizem a redistribuição das terras em benefício aos ex-trabalhadores da Usinas Maravilhas e Cruangi, localizadas na Zona da Mata Norte do Estado.
As usinas, formadas por vários engenhos que totalizam cerca de 12 mil hectares, possuem parte das suas áreas que foram desapropriados para instalação de fábricas e outras que foram ocupadas por famílias rurais formadas por ex trabalhadores da Usina e do Movimento dos(as) Trabalhadores (as) Rurais Sem Terra (MST).
A reunião, liderada pelo presidente do Iterpe, Henrique Queiroz, contemplou a formação de um Grupo de Trabalho (GT) integrado pelas esferas institucionais envolvidas. Através desse compromisso, será viabilizado o levantamento das áreas de terras que potencialmente poderão ser absorvidas por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).
“Através do GT, o Iterpe se compromete a realizar o trabalho de campo para identificar as áreas ocupadas pelas famílias rurais e contribuir para a Reforma Agrária em Pernambuco”, cravou Henrique Queiroz. A partir desse trabalho, o Instituto pretende beneficiar cerca de 600 famílias de agricultores com ações de acesso à terra nos municípios de Condado, Goiana, Itambé, Camutanga e Aliança.
Estiveram presentes na reunião o secretário Executivo de Articulação e Acompanhamento da Casa Civil, Eduardo Figueiredo ; o representante da SDA, Saulo Malta; representantes das usinas Cruangi e Maravilha, Renata Pessoa, Paulo Souza e Joelbisson Araújo; representantes do MST, Jaime Amorim (Nacional); José Claudio, Fernando Henrique, Lusandro Silva, Marcus Novaes, Josefa Rosa e Luiz Paulo; e o coordenador jurídico do Iterpe, Bartolomeu Vieira.