FAMA
De acordo com dados disponíveis na internet a Deusa Fama, da mitologia romana, tinha como representação a figura de ‘um monstro com asas, muito agitado e de feições horríveis, com muitos olhos e diversas orelhas.’ Procurava locais de destaque e sem interrupções levava mensagens verdadeiras e falsas. Sua expectativa era estar sempre em evidência. Versões outras indicam que no entorno de onde mora perambulam multidões e espalham-se os boatos com extrema rapidez, sem importar a veracidade dos fatos anunciados, destas versões deriva o seguinte: “Rodeada da credulidade, do erro, da falsa alegria, do terror, da sedição e dos falsos rumores, fama vigia o mundo inteiro.”
A partir desta insustentável base verificamos em nosso cotidiano que muitos que conseguem a fama, pelo “milagre” das redes sociais, de “realitys shows” ou produções manipuladas nos esportes, na música e outros setores buscam por meios aqui impublicáveis manterem-se no local de destaque que, muitas vezes, chegaram sem merecimento.
Para estes, que se julgam “deuses e deusas”, o livro “Fonte de Luz”, Divaldo Franco pelo Espírito de Joanna Ângelis, traz e seguinte aviso: “Porque a vida terrestre é formada por elementos transitórios, a fama de um dia transforma-se em amargura no outro, e o abandono dos seus apaniguados impõe alucinação àquele que triunfou por um momento e desceu do pódio para cedê-lo ao competidor que o substitui…”
Destinada aos que recorrem a meios indevidos para manutenção do pódio, com sabedoria o compositor Mauro Duarte de Oliveira, na música “Lama”, eternizada na voz de Clara Nunes, traz este alerta: “… Por isto não adianta estar/No mais alto degrau da fama/Com a moral toda enterrada na lama.”
Não há erro nenhum em lutar e conseguir o lugar de destaque que seu talento e seus esforços éticos permitem, o erro está na defesa de tal posição, sem respeitar as regras. Sem limites e com ganância extrema.
Tal comportamento é como uma praga. Se infesta sem controle.