O município do Jaboatão dos Guararapes terá o maior projeto de reciclagem de resíduos sólidos do País, com a implantação da Unidade de Triagem Mecânica (UTM) através da parceria com a Orizon Valorização de Resíduos. Será a maior planta da América Latina neste tipo de atividade. Quando entrar em operação, no início de 2022, a capacidade de reciclagem que atualmente há no Jaboatão, será ampliada de 3% para 15% – a média no País é de 3%. O anúncio do projeto foi feito, nesta quinta-feira (29), pelo prefeito Anderson Ferreira e o CEO da Orizon, Milton Pilão Júnior, no Complexo Administrativo da Prefeitura. Na ocasião, também foi firmada a parceria com a Rede Nova Esperança de Cooperativas de Reciclagem do Jaboatão dos Guararapes, que reúne as cooperativas de catadores.
A decisão da Orizon para construir da Unidade de Triagem Mecânica no Jaboatão se deu justamente pelo trabalho que já vem sendo realizado pelas cooperativas, tendo sido premiado pela ONU na categoria de Excelência em Gestão Pública. As obras do ecoparque já tiveram início e o investimento é na ordem de R$ 70 milhões e vai gerar 150 empregos. A meta é atingir a marca de 500 mil toneladas de resíduos reciclados por ano.
“Essa é uma parceria que já nasce dando certo, não só para Jaboatão, mas também para o Brasil. Hoje temos um trabalho reconhecido e premiado pela ONU, que será potencializado com esta nova unidade da Orizon. É um investimento importante que o município está recebendo, num momento de retomada da economia, mas é fundamental para a preservação ambiental porque vamos aumentar de 3% para 15% a quantidade de resíduos reciclados. Há também o lado social por trás desse projeto, com a participação dos catadores do nosso programa de coleta seletiva. Com isso, ganham as pessoas, a economia e o meio ambiente. Isso é motivo de orgulho para qualquer gestor”, ressaltou o prefeito Anderson Ferreira.
Milton Pilão Júnior destacou o princípio da Orizon em valorizar os resíduos que chegam aos ecoparques da empresa e que o trabalho realizado no município influenciou na decisão de construir a maior planta da América Latina. “Jaboatão já tem o DNA de reciclagem de resíduos, tanto que foi premiado pela ONU e encontramos uma gestão com visão além do seu tempo. Isso nos incentivou a investir na cidade. E apesar da tecnologia permitir a utilização de leitores óticos no processo de final de triagem, não abrimos mão da qualidade humana na separação de materiais, gerando mais de 150 novos postos de trabalho”, disse o CEO da Orizon, que informou que a UTM entrará em operação no mês de março de 2022.
Rita de Cássia da Silva falou em nome dos catadores e participou da assinatura da parceria entre a Prefeitura do Jaboatão, Orizon e a Rede Nova Esperança de Cooperativas. “Estou muito otimista com essa parceria, porque vamos trabalhar juntos na reciclagem dos resíduos. Infelizmente ainda tem muito material que não conseguimos reciclar e agora esse trabalho será ampliado. Só irá para o aterro o que realmente não puder ser aproveitado. Vai ser bom para o meio ambiente e também vai garantir mais empregos e renda”, relatou.
A Orizon é uma empresa de tratamento e valorização de resíduos que acredita no desenvolvimento sustentável das cidades e investe constantemente em inovação e tecnologia para gerar energia limpa, desenvolver a economia circular e proteger o meio ambiente e a saúde da população. A Orizon é a primeira empresa brasileira a gerar e negociar créditos de carbono pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU; a companhia responde por 30% dos créditos gerados no país e é a líder neste mercado, com 5 milhões de toneladas por ano – o que equivale à plantação de quase 20 milhões de árvores ou retirada de 1 milhão de carros das ruas. Recentemente, a empresa abriu capital na Bolsa de Valores, a B3.