O município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, vai receber a maior planta de triagem mecânica do Brasil, garantindo o tratamento de 500 mil toneladas de resíduos sólidos ao ano. A Orizon Valorização de Resíduos começou a construção do projeto em abril no ecoparque da companhia no município, com um investimento previsto de R$70 milhões, utilizando sistemas e maquinários de alta tecnologia alemã.
O método, já utilizado na Europa e nos Estados Unidos, foi adaptado no Brasil para não abrir mão da qualidade humana na separação de materiais, gerando mais de 150 novos postos de trabalho.
A Unidade de Triagem Mecânica (UTM) receberá resíduos sólidos e irá fazer a separação mecanizada dos materiais que podem ser encaminhados à reciclagem para aproveitamento na cadeira produtiva da indústria. “Na nova unidade serão valorizados os resíduos sólidos urbanos recebidos no aterro em três focos principais. Vão ser separados os orgânicos que continuarão indo para o aterro sanitário, onde hoje a gente aproveita o biogás para a geração de energia elétrica. Também será separada a fração reciclável para posteriormente a comercialização. E uma terceira fração que é um combustível derivado de resíduo que a gente pretende comercializar junto a cimenteiras, totalizando um aproveitamento de 25% a 30% dos resíduos que a gente recebe”, pontua Alexandre Citvaras, diretor de Novos Negócios da Orizon Valorização de Resíduos.
Diminuir o uso do aterro sanitário e valorizar os resíduos são o foco principal do projeto. “A grande importância desse projeto é reduzir o uso do aterro sanitário, e valorizar os resíduos. A gente entende que, hoje em dia, os resíduos sólidos urbanos são muito mal valorizados e temos uma fração de recicláveis e combustíveis importante. Então, o nosso foco é trazer valor a esses resíduos dentro da cadeia da reciclagem, tendo uma visão de economia circular”, complementa Alexandre.
A planta estará em operação no início de 2022, em três turnos. Em 2020, o ecoparque recebeu 1,5 milhões de toneladas, equivalente aos resíduos gerados por 3,7 milhões de habitantes da Região Metropolitana de Recife, além de Fernando de Noronha.