LUIZ CLÁUDIO JACINTO
Muitos leitores e muitas leitoras deste espaço sabem que o cidadão ao lado, é Pé de Banda. Os que não sabem agora passarão a ter conhecimento que o filho de “Ducarmo” tem esse nome.
Pé de Banda é meu amigo desde o início dos anos 1970, moramos muito tempo na Rua Quinze de Novembro. A mesma rua que abrigou Zé Pilão, Mestre Biu, Guaxinim, Edson Pilão, Edésio, etc. Desconfio que este monte de músicos foram a argamassa formadora do ritmo que nosso eterno camisa sete carrega consigo.
Desde a época do segundo quadro do Santa Cruz de Ninô que Pé de Banda se destacava como jogador atrevido, dono de um drible desconcertante e chute potente. Integrou, como goleiro, o fantástico time do América Mirim treinado por Bartó Garcia. Foi meu jogador no Barcelona, sei como poucos do seu potencial. Certa vez em Salgueiro, num jogo sensacional entre Barcelona x Tiradentes ele mais de uma vez fez a torcida ficar muda. Perdemos a partida por diferença de um gol, no entanto a atuação de Pé de Banda ficou na história.
Assisti muitas partidas em que Pé de Banda puxou a responsabilidade para si e em jogadas fenomenais desatou todos os nós das defesas adversárias. Era como fermento, quanto mais levava pancada mais crescia. Jogava com gosto em um gramado impecável, em um campo de terra batida, numa quadra de taco ou cimento esburacado. Gostava de jogar futebol e jogava muito.
Integrou grande times, fez parte de grandes elencos. Muitos ganharam mais fama com gols após passes certeiros do ponta mais meia que conheci jogando. Para mim sua posição deveria ser meia direita à moda antiga, passava bem e concluía com maestria.
Por motivo de contusões e excessos nas farras parou de jogar em alto nível cedo. Como nunca foi de ficar reclamando da sorte o que já fazia na época de jogador ganhou força em companhia de Agenor. Nascia um cantor invejável. Fui testemunha de muitos aplausos que Pé de Banda ganhou pelo mundo como intérprete.
Tem um carisma peculiar, por ter pouca maldade levou muitas porradas de vida. Suas qualidades superam seus erros como larga margem. Herdou da mãe a capacidade de fazer as pessoas se sentirem em casa na casa dele. Seu maior patrimônio são seus amigos, uma farra com o velho Pé de Banda tem atrativos não encontrados em eventos sem sua presença.
Existem algumas músicas que tocam sua alma, ele prefere cantar as que tocam a alma dos amigos. Da mesma forma que deu passes perfeitos para gols alheios ele canta para deixar os outros mais alegres. Assim é o “Craudo”, como o treinador Sóstenes o chamava.
Aêhh. Fantástica, cheia de emoção .Do melhor que uma alma com humildade pode ofertar.
Abração
Meu amigo “Pé de Banda”!!! Que bela crônica! Lembro de bons momentos vividos com essa figura emblemática, desta maravilhosa cidade! Tive a honra de desfrutar de sua convivência! Que bom!
Maravilha. Tive o prazer de assistir seus gols e seus dribles. Amigo inesquecível e hoje temos contato de diários com belas mensagens pelo zap
Ademar, meu colega de escritor. Fiquei curioso para saber o porquê de PÉ DE BANDA. Sempre o conheci sendo chamado assim. Grande abraço a todos.
Frazão DF.