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Crônica de Ademar Rafael

ONDE ESTAMOS?

Respondendo uma indagação de uma grande amiga que tentava descobrir onde está a sociedade formada por seres viventes em comunidade. Registrei em sua rede social a seguinte resposta: “A sociedade está numa encruzilhada onde marcaram encontro a brutalidade, a insanidade, a imbecilidade e a intolerância. Cada uma vindo
de um lado.”

Talvez a forma simplista que defini o momento atual do mundo, esteja muito abaixo do ideal. No entanto é assim que percebo nossa atualidade. Nos encontramos numa encruzilhada e uma força magnética nos impede de avançar numa direção, de evoluir como “ser humano”.

As quatro variáveis inseridas em minha resposta despontam como fatores que, ao se juntarem, formam uma mistura extremamente perigosa. A capacidade de diálogo está exaurida, a prática de ouvir o outro foi abolida e a habilidade de argumentar algo está em fase terminal.

Em casa, nos empregos e no convívio social estamos nos deixando contaminar pelo quarteto “brutalidade, insanidade, imbecilidade e intolerância”. O pior de tudo, estamos assim reagindo sem notar, tudo está ocorrendo de forma automática.

Os “pegas”, outrora realizados com carros envenenados, hoje são realizados por meio das redes sociais. As pessoas, como zumbis, são levadas à praticas danosas para si e para seus pares. As trilhas que nos trouxeram a este ponto são visíveis, nós e que as ignoramos. Fazemos de conta que não passamos por elas vendo cada alerta.

Em nome do individualismo fomos avançando e hoje o retorno custa muito caro. Uma parada já seria suficiente para reduzir os estragos na teia social. Difícil é encontramos voluntários para darmos uma parada nessa insana caminhada. Nenhuma autoridade, formal ou informal, no planeta terra tem e legitimado para dar “o murro na mesa”. Precisamos agir, quem topa?


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Marconi de Albuquerque Urquiza
3 anos atrás

Amigo Ademar, a sua reflexão leva a inúmeras outras. Lá longe eu interessei pelo tema manipulação das massas. Comprei o livro Massa, de Elias Canetti. Li várias e parei, depois se umas trinta. Ele disse que a massa precisa de estímulo constante. Veja, ele tinha por base as ações do nazismo. Joseph Goebbels a administrar a imensa máquina de propaganda nazista.

Tempos depois, li outros artigos. Não quero m e arriscar a citar autores, erraria feio. Nessa miscelânea de leituras aprendi que, se a sociedade não tem a semente para certos comportamentos ela não adere.

Um dos aspectos que explicitou, de uma certa Cultura para fazer “mal feitos”. Só posso afirmar, dentro dessa meia dúzia de leituras, que o povo, vem de longe, sendo doutrinado.

Tudo piorou muito, somos hoje “manipulados” pelas redes sociais.

Por exemplo: há meses que não tenho acesso no Instagram que não seja sobre literatura, alguns gêneros de escrita ou notícias dos jornais..

Todo resto, não entra para eu ler.

É assim, que ocorre a doutrinação. Lenta, persistente, incansável.

Abração, ótimo assunto.

Marconi Urquiza.