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Crônica de Ademar Rafael

PEDRO ALVES DE OLIVEIRA NETO

Após leitura da crônica sobre Antônio José de Lima, minha amiga e colega do Banco do Brasil Leni Gomes escreveu: “Muito bom. Admiro profundamente sua capacidade incrível de ‘cronicar’ fatos.” Respondi: “Isto é como foto, se o(a) modelo presta, sai bom.”

Com esta minha ponderação, na resposta para Leni, aumentei a responsabilidade para compatibilizar esta crônica com a “foto” de Doutor Pedro Alves a ser revelada. Para esta missão vou invocar auxílio de três escritores pelos quais tenho grande admiração: Machado de Assis, Rubem Braga e Fernando Sabino.

Pedro de Sebastião da Farmácia, como prefiro chamá-lo, é um médico à moda antiga. Cura a doença do paciente e apoia conforta a família, tornando-se um amigo, não se limita a fazer um atendimento. É um devotado para profissão. Silvino Teles, acadêmico de medicina e esposo de minha sobrinha Regina, sem reservas relatou o seguinte: “Ademar, Doutor Pedro ganha de nós não apenas na experiência, ganha também na garra e na resistência. Depois de horas em um centro cirúrgico, realizando cirurgias de alta complexidade, com ele sai com mais energia do que na hora que entrou.”

Pela sua credibilidade junto aos operadores do sistema de saúde, público e privado, na Capital funciona como um anjo da guarda dos sertanejos no quesito vagas em hospitais. Aqui cabe uma ressalva. Quando Doutor Pedro ajuda numa internação não o faz tirando ninguém da fila, está sim mobilizando sua rede de amizade para criação de uma nova vaga. A justiça é talvez a sua maior marca, a segunda para mim é sua capacidade de perdoar os que lhe traíram durante a caminhada. Este binômio é a argamassa da sua paz de espírito.

Na política é um humanista que aplica teses onde a justiça social e o não preconceito ditam as normas. Prefere a ação do que a utopia. Foi Prefeito em Iguaraci e na última eleição se reelegeu Vice da chapa de Zeinha.

Conhece o sentimento, as carências e, principalmente, o valor do sertanejo. Sabe o nome da maioria dos amigos e com eles fala regularmente. É a mesma pessoa em um restaurante sofisticado de Boa Viagem ou numa barraca de festa no Povoado de Catingueira, dos distritos de Jabitacá e Irajaí, na sede do município ou na Bodega de Dimas Pai Véi.

Minha amizade com Doutor Pedro é antiga, com ele conversei sobre muitos assuntos e em todas as oportunidades que conversamos ele faz questão de ressaltar sua admiração ao velho Quincas Rafael. Quando o poeta de Jabitacá retornou da internação em Recife disse-me: “Estou vivo graças e Deus, Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro e a Doutor Pedro e Antônio Mariano.” De mesma forma que meu pai muitos têm relatos sobre a ação de Pedro Alves em seu favor. Obrigado amigo, siga fazendo o bem.


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1 Comentário
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Marconi de Albuquerque Urquiza
3 anos atrás

Parabéns pela homenagem. Parafraseando Nelson Sargento. Que se dizer, que diga agora.