Do Diario de Pernambuco
Candidata à prefeitura do Recife a Delegada Patrícia Domingos (Podemos) está inscrita entre os candidatos do programa “Minha Casa Minha Vida”, mesmo ganhando um salário de quase R$ 27 mil, conforme informa o portal da transparência. A informação foi publicada pelo jornal O Globo, na coluna do jornalista Lauro Jardim, um dos mais lidos e respeitados do país. A equipe de O Globo encontrou os registros da inscrição de Patrícia Domingos no Rio de Janeiro, de onde ela é. Naquele período Patrícia já era concursada em Pernambuco e recebia um salário de R$ 21 mil, quando o teto máximo do programa é de R$ 1,8 mil.
Segundo a matéria, a inscrição de Patrícia entre os candidatos a ganhar uma casa popular consta nos dados da Prefeitura do Rio de Janeiro. Porém, como a candidata não entregou a documentação completa, o nome dela foi parar na lista de reservas, onde ainda está até agora. Ao jornal O Globo, Patrícia alegou ter sido vítima de uma fraude e negou ter entrado no Minha Casa Minha Vida.
A assessoria da candidata procurou o Diario de Pernambuco e informou que a delegada não tinha conhecimento do uso dos seus dados pessoais. Ao saber do fato, ela procurou a polícia para prestar queixa e fez um boletim de ocorrência.
Na semana passada a revista Época trouxe à tona postagens de Patrícia em redes sociais com mensagens ofensivas contra o Recife, chamando a cidade de “Recífilis”, com alusão a uma doença venérea. Ela também escreveu que “nunca havia visto tanta gente feia” no Recife e em outro texto afirmou que “após a PEC das domésticas vou ter que ensinar meus bichanos a abrirem o pote de ração”, esse último conteúdo foi publicado no Facebook de Patrícia, em 2013, alguns dias após a publicação da emenda constitucional que garantiu às empregadas domésticas os mesmos direitos que os outros trabalhadores.
Há um mês o nome do vice dela, Leonardo Salazar, apareceu como parte em investigações do Ministério Público que apuram possíveis irregularidades em licitações no São João de Caruaru. Salazar era um dos responsáveis pela organização do evento, com a atribuição de fiscalizar contratos entre alguns fornecedores e a prefeitura da cidade. Um inquérito civil foi aberto para investigar o episódio.