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Crônica de Ademar Rafael

O PODER DA PALAVRA

Antes de apresentar minha versão sobre o tema optei por transcrever três frases com respectivos autores, conforme narra o livro “Manual do líder”, de Gerson Gabrielli. “Fale adequadamente, com o menor número de
palavras que puder, pois o fim de um discurso não é a ostentação, mas ser compreendido – William Penn”; “Quando as ideias falham, as palavras seguem o mesmo caminho – Goethe”; e “Não se acostume usar grandes palavras para assuntos pequenos – Samuel Johnson”.

O universo popular apresenta uma frase que alcança de alguma forma cada uma das frases acima, com as limitações naturais: “Quem conversa muito dá bom dia a cavalo.” É a partir deste ponto que quero registrar minha ponderação sobre o poder da palavra.

Por ter utilizado termo inadequado em hora indevida, algumas vezes pequei por meio de palavras. Momentos em que o ditado “Morreu pela boca igual peixe” coube como uma luva. Com o tempo fui dosando o ímpeto e passei a ter menos problemas.

É por meio das palavras que os grandes mestres interagem com os aprendizes; com elas os debates entre Advogados e Promotores nos tribunais de júri acontecem; por meio delas as discussões acontecem no
parlamento e eu as utilizo todas as semanas para chegar a cada dos meus leitores e cada uma das minhas leitoras.

Este assunto vem à baila para fazermos uma reflexão sobre o momento atual. Em todos meios de comunicação encontramos termos técnicos – extraídos do mundo da economia, do direito e das ciências médicas -,utilizados para justificar algo injustificável. Tentam dourar uma pílula que derrete com a temperatura imposta. Cabe novo ditado: “A emenda saiu pior que o soneto”. Convoco todos para sermos econômicos nas palavras, segundo a lenda elas têm força e quando pronunciadas em hora indevida magoam, ferem e causam danos irreparáveis.


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