Há exatamente um ano, no dia 7 de junho de 2019, um ataque criminoso tentou silenciar os microfones da Rádio Comunitária Vale FM, localizada à margem da PE 270, em Buíque. Elementos não identificados arrombaram o prédio da emissora e atearam fogo nos estúdios da Vale FM. Passados 12 meses do caso, até agora ninguém foi identificado como autor ou autores do crime que foi repudiado em todo o Estado.
Localizada a poucos quilômetros do Centro de Buíque, a Vale FM é dirigida pelo radialista Ricardo Resende que preparava a emissora para uma nova programação na época. O atentado atingiu todo o prédio, queimando equipamentos e pondo fim a todo estúdio da emissora.
Na época a polícia científica fez a perícia do local e teria recolhidos impressões digitais, mas até esta data, um ano depois, o inquérito ainda não foi concluído pela Polícia Civil do município e nem uma pessoa chegou a ser indiciada ou apontada como suspeita do crime.
“Após perícia da Policia Científica ficou configurado como incêndio criminoso, nada do que existia em suas dependências sobrou porque foi consumido pelas chamas que na velocidade do vento destruiu tudo”, lamentou à época o dirigente da Vale FM, Ricardo Resende.
A Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO – BRASIL) lançou uma nota na época manifestando seu total repúdio ao ato criminoso e covarde praticado contra a Rádio Comunitária Vale FM e acreditando na agilidade da justiça para punir o ou os culpados.
“Até quando as rádios comunitárias que lutam pela democratização da comunicação neste país sofrerão perseguições por simplesmente exercer o direito que nos é garantido pelo artigo quinto da constituição federal? O quanto perdemos em democracia, espaço, cultura, informação e acesso da população, quando crimes desta natureza, fecham mesmo que temporariamente uma rádio comunitária do povo. Acreditamos na agilidade da justiça em solucionar o crime e nos solidarizamos com a direção da rádio comunitária Vale FM”.