A ditadura no Brasil torturou mais de 20 mil pessoas e mais de 400 foram mortas ou declaradas como desaparecidas. Só quem viveu ou se informou sobre esse duro período da nossa história sabe o quanto foi desesperador. Diversas Famílias carregam a dor de entes que partiram precocemente. É uma triste parte da nossa história da qual não temos nenhum orgulho.
E agora, diante da crise mundial que enfrentamos, existe uma parcela de brasileiros que clama pela volta da ditadura militar, por um ato similar ao AI-5, um decreto realizado em 1968 que inaugurou o período mais sombrio da Ditadura Militar, além de ter reforçado o autoritarismo do presidente. Na visão das historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling, “era uma ferramenta de intimidação pelo medo, não tinha prazo de vigência e seria empregado pela ditadura contra a oposição e a discordância”.
No último domingo, incrédulo, assisti pela TV aberta o movimento de pessoas irresponsáveis que, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, desrespeitaram a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de diversos Órgãos relacionados à saúde e vigilância sanitária. Sem máscaras, com apertos de mão e aglomeração, este grupo prestou um grande desserviço para a saúde pública, demonstrando o egoísmo e falta de zelo ao próximo. Não poderia classificar este movimento de outra forma: é um grande absurdo! Milhares de pessoas se encontram em isolamento social para evitar a propagação do vírus. Abrindo mão da liberdade para salvar vidas. O movimento deste domingo foi uma enorme falta de respeito com todos que estão imbuídos nesta luta.
Em diversos estados brasileiros, governadores e prefeitos têm logrado êxito no combate ao Covid-19, reunindo recursos, buscando parceiras, salvando a vida de milhares de pessoas. Profissionais da saúde tem se dedicado ao máximo, deixando de lado suas vidas e famílias. Aqui em Pernambuco, por exemplo, uma série de medidas foram tomadas pelo Governador Paulo Câmara. Até o momento, o Governo Estadual calcula investir R$ 900 milhões no combate ao Covid-19. Campanhas estão sendo realizadas para novos investimentos. A ALEPE e boa parte dos deputados e deputadas destinaram recursos para auxiliar o governo neste duro momento. Eu tenho orgulho de fazer parte deste time. E, assim como eu, sei que muitos estão fazendo o que podem para ajudar o próximo.
Precisamos fortalecer o movimento do #FicaEmCasa para em um futuro próximo podermos estar juntos novamente. Na rua, na Alepe, nas ações em benefício da vida dos pernambucanos. Um presidente irresponsável não será maior do que os milhões de brasileiros que estão engajados nesta luta. Juntos somos muito mais fortes!
Deputado Diogo Moraes (PSB)
Vice-líder do governo na Alepe