A MAIS SENSATA DAS MEDIDAS
Em um momento de crise como a que estamos assistindo para enfrentamento do novo coronavírus ou COVID-19, com proferem os intelectuais, o que mais precisávamos era um elenco de homens públicos com foco nos interesse reais do país e não com intento puramente eleitoral.
Se o nosso parlamento fosse ocupado por homens com envergadura compatível com os cargos que ocupam a prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores só sairia de mesa de negociações depois que fosse aprovada. Os partidos, caso fossem de fato legendas com pautas nacionais, obrigariam seus filiados a tratarem o assunto das eleições com a mesma intensidade que estimulam a discórdia e a banalização de assuntos sérios.
A proposta de emenda à Constituição defendida na última semana de março pelo Senador Major Olímpio, do PSL paulista careceria de apoio pleno das duas casas legislativas, Câmara e Senado. Tendo presente os interesses que a aprovação da PEC enfrenta é possível que a sensata medida seja morta no nascedouro.
Na justificava da sua proposta, escreve o Senador: “… Dessa forma, a prorrogação dos mandatos dos atuais Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores, levando à conseqüente coincidência das eleições em 2022, na forma como proponho, contribuirá de forma efetiva para a diminuição dos custos da Justiça Eleitoral, liberando gastos bilionários para a União neste momento de uma crise em virtude da Pandemia do Coronavírus, que necessitará de grande aporte financeiro para proteger a população e combater o vírus.”
Seria muito bom que esta crise deixasse como principal herança a coincidência dos pleitos eleitorais. Seria sonhar muito? O Brasil merece esta resposta dos nossos legisladores, com eles a palavra e a decisão.
Por: Ademar Rafael