Os secretários de saúde dos Estados do Nordeste se reuniram virtualmente nesta quinta-feira, dia 12, para avaliar os impactos e riscos da pandemia de coronavírus. Todos concordaram que o Ministério da Saúde deve ser mais efetivo na garantia e liberação imediata de recursos para o Estados. Segundo André Longo, secretário de Pernambuco, os recursos precisam chegar com urgência para que se possa agir antes que onda de contágio se torne gigantesca. “Precisamos garantir a compra ou receber do Ministério EPIs, insumos para exames laboratoriais e recursos para contratação de leitos de UTI. Isso não pode chegar daqui a 4 meses”.
Além disso, os secretários manifestaram preocupação de que o enfrentamento do Coronavirus não seja feito como a gestão do Bolsa Família. Entendendo, por um lado, que o Nordeste não pode novamente ser alvo da ação discriminatória do governo federal e, por outro lado, de que os estados nordestinos devem atuar conjuntamente, decidiram fazer um levantamento das principais necessidades comuns aos 9 estados para apresentar ao próprio Ministério da Saúde. Além disso, consideram a realização da compra conjunta, por meio do Consórcio Nordeste, de materiais e insumos necessários para esta ação.
Os secretários recomendam cuidado e atenção na realização de eventos públicos de massa, mas, por enquanto, não indicam proibição indiscriminada deles. Há um entendimento que isso poderia aumentar desnecessariamente a comoção pública e, assim, desorganizaria a demanda por atendimento e aumentaria demasiadamente a pressão sobre hospitais e unidades básicas de saúde.
Por fim, além de destacar a necessidade de garantia dos estoques de Tamiflu em todos os Estados para enfrentamento dessa pandemia, os secretários de saúde dos Estados do Nordeste decidiram fazer nova reunião na próxima quinta-feira, dia 19, em São Luís – MA. Até lá, haverá um comitê de acompanhamento permanente da situação.
