Segundo o PROS, Júnior é acusado de desviar recursos dos fundos partidário e eleitoral, financiados com verba pública, além de lavagem de dinheiro.
O partido afirmou que desde 2016 o presidente afastado era acusado de irregularidades no uso de recursos públicos destinados ao partido. A sigla relatou que, no começo de 2019, investigações da Polícia Federal indicaram desvios de mais de R$ 5 milhões, que deveriam ser destinados inicialmente às campanhas de candidatos do PROS.
Em outra frente, uma apuração da Polícia Civil de Goiás teria apontado a participação de Eurípedes Júnior em novos desvios de recursos, além de lavagem de dinheiro.
No documento, os integrantes da legenda acusaram o presidente afastado de realizar uma “gestão patrimonialista”, com a compra de um helicóptero por R$ 2,4 milhões, além de imóveis. Os bens teriam sido adquiridos com recursos do Fundo Partidário.
Desde 2014, quando elegeu 11 deputados, o PROS passou a receber cerca de R$ 17 milhões por ano do fundo que custeia as despesas de partidos políticos.
De acordo com a nota da sigla, o processo disciplinar interno começou em agosto do ano passado e, neste sábado, o Diretório Nacional decidiu, como punição, aplicar as medidas disciplinares previstas em seu estatuto.
Além de deixar o comando da legenda, Eurípedes Júnior também foi suspenso do partido. O Diretório Nacional foi dissolvido e uma Comissão Executiva Nacional Provisória vai tomar as providências até que nova Convenção Nacional seja realizada, para a eleição da nova cúpula do PROS.
Afirmam ainda que Júnior segue, sim, na presidência da sigla e que buscará todos os meios institucionais para regularizar a situação jurídica e política do partido, o mais rápido possível, bem como buscará a responsabilização dos envolvidos.
Em outubro de 2018, o então presidente do PROS teve um mandado de prisão expedido contra si. Ele ficou foragido cinco dias e teve o nome incluído na difusão vermelha da Interpol, para que, em caso de fuga, pudesse ser preso em outros países.
O mandado foi expedido no âmbito de operação da Polícia Federal que apurou desvio de mais de R$ 2 milhões da prefeitura de Marabá, no Pará.
Eurípedes se apresentou à polícia dentro do prazo em que a lei eleitoral proíbe prisões. A lei não permite prisões, a não ser em flagrante ou por condenação de crime inafiançável, 5 dias antes do segundo turno e 2 dias depois de encerrada a votação