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Crônica do Ademar Rafael

ESCOLHA CERTA

Quando em 2015 resolvi abdicar de cargos, salários e reconhecimento na cidade de Marabá no Pará para voltar ao nordeste o principal motivo da decisão foi ficar perto da minha mãe, preste a completar 90 anos.

Nestes quatro anos os dias que fiquei com ela ultrapassam, com folga, a soma dos dias que permaneci ao seu lado entre 1994 e 2015. Portanto, em 1.460 dias superei a marca registrada em 4.015 dias. Espero que Deus me conceda a graça de com ela conviver por muitos anos.

Este registro é para criar um ambiente necessário para fazermos uma reflexão sobre a forma que os idosos são tratados pelos familiares e amigos. Não temos o direito de julgar aqueles que colocam seus pais e avós em asilos ou casa de acolhimento, nem os que os abandona à própria sorte. Cada um tem seus motivos, estes não sendo justificáveis junto ao tribunal divino receberão a tratamento misericordioso de Deus.

A questão aqui é discutirmos a forma que tais idosos estão sendo tratados nos ambientes que se dispuseram a recebê-los. Entidades sérias existem, mas, algumas delas estão muito aquém do que se prontificam e os “velhinhos” e as “velhinhas” merecem.

Certa vez eu estava numa longa filha de embarque no aeroporto de Bogotá e ouvi a resposta de uma policial colombiana ao ser indagada por duas idosas brasileiras que reivindicavam o direito por uma fila especial. Disse a policial: “Aqui na Colômbia nós respeitamos os idosos, não damos preferência”.

Não sei se os idosos realmente são respeitados em nosso vizinho sul americano, sei que no Brasil estamos devendo muito aqueles que nos geraram, cuidaram e educaram ao seu modo. Muitas vezes eles querem somente um abraço afetuoso e um pouco do carinho que nos deram. Pensemos nisto.


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