MENOS INDÚSTRIAS, MAIOR DESEMPREGO.
Por:Ademar Rafael
Nos supermercados, nas lojas de departamento e em outros pontos de venda no varejo ao pegarmos em dez mercadorias vamos encontrar o termo “made in china” em sua maioria. Com um cenário desse quando ouvimos de autoridades políticas que reforma tal vai trazer empregos de volta dói nos ouvidos e fere nossa inteligência.
Existem dados disponíveis em diversos registros históricos que a indústria respondia por 27% dos empregos gerados no Brasil nos anos 1970, que em 2014 referido percentual estava próximo de 10% e que vem caindo. Essa queda tem como principal motivo o sucateamento do nosso parque industrial, a abertura exagerada dos mercados e proliferação de produtos de baixa qualidade fabricados na Ásia, principalmente China. Nossos industriais estão sendo transformados em importadores ou estão mudando de atividade.
Também encontramos números assustadores quando apuramos a participação da indústria no PIB nacional. Em meados da década de 1980 esta participação estava próxima de 35%, em 2012 entre 13% e 15% e em 2014 beirando 10%.
Nossos economista de plantão, com suas idéias liberais e subserviência aos interesses externos afirmam que devemos flexibilizar as relações trabalhistas para criar ambiente para geração de vagas de emprego. Vender esta ilusão tem nome, preferimos não mencionar aqui em respeitos aos leitores e leitoras dessa coluna semanal.
Sem um parque industrial vigoroso, sem uma política industrial aderente aos interesses do país e sem uma permanente qualificação de mão de obra vamos ver os índices de desemprego bater na porta de 20%. Empregos são gerados com aumento da base de produção via indústria, por decreto e por banalização das relações trabalhistas geramos outra coisa, eles sabem disto.