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Moro tira licença ‘para tratar de assuntos particulares’

Estadão Conteúdo

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ficará afastado do cargo na próxima semana “para tratar de assuntos particulares”. O período de afastamento do ministro se dará de 15 a 19 de julho. O despacho presidencial que autoriza a licença de Moro está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, dia 8, sem mais informações sobre os motivos da decisão.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública explicou, por meio de sua assessoria, que o afastamento de Moro se trata de uma licença não remunerada prevista em lei. “Por ter começado a trabalhar em janeiro, o ministro não tem ainda direito a gozar férias. Então está tirando uma licença não remunerada, com base na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990”, informou a assessoria do ministério.

Segundo um auxiliar da pasta, a licença já estava sendo planejado desde que o ministro assumiu, e não tem a ver com o cenário atual de pressão sobre Moro relacionada a uma suposta troca de mensagens com procuradores.

Mais vazamentos
Atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na época em que era juiz federal, teria orientado integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato a divulgar informações sigilosas ligadas a atos de corrupção envolvendo o regime do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O fato teria acontecido em agosto de 2017 e foi divulgado neste domingo (7) pela Folha de S.Paulo em mais uma série de trechos de conversas atribuídas ao ministro vazadas pelo site The Intercept Brasil.

Conforme as mensagens, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a força-tarefa de Curitiba mantiveram contato com procuradores venezuelanos que estavam sendo perseguidos por Maduro com o intuito de receber mais informações sobre o fato. Além disso, eles também investigaram as contas utilizadas pela Odebrecht para pagamento de suborno as autoridades do regime na Suíça.

“Talvez seja o caso tornar pública a delação dá Odebrecht sobre propinas na Venezuela. Isso está aqui ou na PGR?”, escreveu o então juiz em diálogo com o coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, em um dos trechos vazados.

“Haverá críticas e um preço, mas vale pagar para expor e contribuir com os venezuelanos”, respondeu Dallagnol.


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