TRIPÉ CRUEL
Depois de muito lermos e ouvirmos definições sobre o tema globalização daremos o título da melhor definição ao que escreveu o jornalista e escritor Jorge da Cunha Lima no capítulo “Da solidariedade”, do livro “Caminhos de Solidariedade”, a seguir transcrito e comentado.
Assim escreveu o paulista “A globalização baseia-se num tripé tão cruel como irresistível: a velocidade de uma informação centralizada nas mãos de uma dezena de proprietários em todo mundo, um sistema financeiro que amplia seus ganhos ociosamente com o endividamento rotativo e progressivo das nações e um sistema produtivo que põe em risco a própria sobrevivência da Terra pela violência sistemática promovida contra os limites suportáveis do meio ambiente.”
Em proporções diferentes encontramos esse tripé na era do descobrimento, na revolução industrial, no reordenamento do mundo após a segunda guerra mundial, no surgimento dos “tigres asiáticos” e nos eventos a seguir identificamos as digitais do tripé, cada leitor e cada leitora têm todo direito de fazer seu julgamento e aplicar sua medida.
A manipulação das pautas jornalísticas em todo mundo e os impactos das redes sociais nas eleições francesas e americanas, na votação sobre a saída do Reino Unido da Zona do Euro e nas eleições brasileiras.
Em 2018 o lucro dos quatro maiores bancos Itaú (R$ 25,7 bilhões), Bradesco (R$ 21,5 bilhões), Banco do Brasil (R$ 13,5 bilhões) e Santander (R$ 12,1 bilhões) alcançou a cifra de R$ 72,8 bilhões, 12,3 % acima do resultado de 2017. Isto em um país falido e endividado como o Brasil, cuja inflação no período ficou em 3,75% e o crescimento do PIB em 1,1%.
Boicotes ao Protocolo do Kyoto, ao Acordo de Paris, a Rio 92, os acidentes de Mariana e Brumadinho e a liberação de defensivos agrícolas pelo governo brasileiro.
Por: Ademar Rafael