Para compor o quadro de profissionais das Casas de Acolhimento, 23 novos servidores estaduais, entre psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, técnicos em enfermagem e educadores sociais, participam de dois dias de formação e orientações sobre os serviços de acolhimento institucionais para crianças, adolescentes e adultos que são oferecidos nas unidades. A qualificação aconteceu nesta segunda (27) e segue na terça-feira (28), pela manhã e à tarde. O grupo, convocado a partir de uma seleção simplificada, se junta aos 67 profissionais que já iniciaram as atividades no início do mês de maio.
Para dar as boas vindas e iniciar o processo de formação, o secretário executivo de Assistência Social (Seass), Joelson Rodrigues, pontuou a importância dos serviços que serão executados pelos profissionais nas Casas. “Essa é uma missão importante e emergencial. Vocês serão profissionais que terão a missão de garantir direitos e do acolhimento social, um desafio tanto por estar inserido na política da assistência social, que vem passando por uma fase complicada no país, como por ser uma tarefa que é executada em momentos difíceis e complexos das vidas dos acolhidos. Por isso, a gente precisa se transformar para tornar os ambientes das unidades o mais aproximado de um lar. Somos apoio para essas pessoas”, destacou.
Durante a formação, os profissionais, que iniciam o trabalho no começo de junho, puderam conhecer as características do público atendido e as estruturas das 10 casas que estão espalhadas pelas cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Garanhuns, além dos gestores que coordenam os espaços. O momento também foi de escolha de qual unidade cada novo servidor vai atuar.
As assistentes sociais Renata Paulino e Camila Oliveira optaram pelo Lar Esperança, no Recife. Com experiência nas atividades de acolhimento, elas destacam a necessidade dos novos servidores quebrarem preconceitos e estudarem sobre os serviços para sair do desconhecimento. Para Camila, é essencial que o grupo entre de coração aberto e na perspectiva de um proporcionar um novo olhar para os acolhidos. “Precisamos nos livrar de todo preconceito. Eles já carregam alguns estigmas e, naquele momento, eles necessitam de cuidado e respeito”, destacou. “Precisamos ser mais humanos do que técnicos. Se a gente entra apenas com a visão de profissional, iremos fazer um trabalho técnico bem feito, mas isso não basta para eles, que querem amor e atenção”, completa Renata, que trabalhou por seis anos na Comunidade Emocy Krause (Comek).