CLÓVIS AUGUSTO RABELO DOS SANTOS
Este texto é o primeiro de uma trilogia adaptada da crônica “Pessoas do meu sertão XVII”, publicada no site www.afgadosdaingazeira.com, sobre Clóvis de Dóia, Jucá Neto e Paulo Rato.
Clóvis de Dóia, afogadense da gema, zagueiro de altíssimo nível e líder nato. Descrevendo sua atuação em campo, o colega do Banco do Brasil e seu companheiro em jornadas memoráveis, Célio registrou: “Baixinho que subia quase da altura das nuvens”. Nesta verdade acrescento que poucos jogadores no futebol mundial tiveram a perspicácia de Clóvis em relação ao tempo da bola e a rapidez na recuperação caso perdesse o primeiro bote, fato raro.
Tenho na lembrança um duelo travado por Clóvis e Edmilson Barbudo em jogo entre o Guarany e Comercial de Carnaíba. Em tal partida os dois titãs disputaram cada bola com valentia e sagacidade, como o atacante não fez
gol o baixinho venceu a disputa.
Além das habilidades como jogador Clóvis exerceu, com extrema maestria, a liderança em campo, seu grito era uma ordem, os treinadores tinham nele a sua voz no decorrer das partidas.
Fora das quatro linhas é uma companhia agradável, um “papo cabeça” e um sertanejo completo por gostar de cantorias de viola, de vaquejada e de ser admirador da nossa caatinga, de preferência toda verde com gado
pastando.
Por opção, Clóvis transformou sua casa numa trincheira onde recebe amigos para conversar, jogar cartas e tomar uma quando é possível. Sempre que encontro o amigo Elias Mariano pergunto por Clóvis, o baixinho foi referência para este cronista e para minha geração quando direcionávamos nosso olhar para sua dedicação e compromisso com tudo que era convocado para fazer.
Por:Ademar Rafael