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Crônica de Ademar Rafael

CASAS DE CARIDADE

Como dissemos na crônica anterior as “Casas de Caridade” podem ser consideradas como a maior obra do Padre Ibiapina. Na concepção do projeto, na atração das irmãs de caridade e no seu funcionamento são
visíveis as características do pensamento do padre sobralense.

No período de 1860 a 1872 o Padre Ibiapina construiu vinte e duas Casas de Caridade, sendo: Três no estado de Pernambuco, três no Rio Grande do Norte, seis no estado do Ceará e dez no estado da Paraíba, entre elas a
Casa de Caridade de Santa Fé, no município de Solânea, local que o missionário veio a falecer no dia 19.02.1883.

A atração das irmãs de caridade era feita na própria comunidade, sem observar critérios da igreja que centralizava suas ações com base em ações de freiras vinda da Europa.

A principal função das Casas de Caridade era receber meninas órfãs dando-lhes educação completa, para serem esposas, mães e desenvolverem uma vida ativa. As internas eram também qualificadas para exercícios ligados a cozinha, cultivo de lavouras destinadas para alimentação e artesanatos para venda e obtenção de recursos.

Entre as regras definidas nos regimentos das Casas de Caridade podemos destacar os direcionamentos para evitar a preguiça, a ociosidade e as conversas e incentivar o trabalho e o entendimento sobre o amor de Deus.

A administração das Casas de Caridade era feita pelas superioras com fiscalização presencial, por meio de visitas e através de cartas do seu fundador. Após sua morte entraram em declínio por falta de apoio da
comunidade e principalmente da igreja que discordava com o formato. A Casa de Caridade de Santa Fé em cada dia 19 recebe uma legião de devotos e no dia 19.02 de cada ano há grande evento religioso.

Por: Ademar Rafael


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