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Crônica de Ademar Rafael

TURBULÊNCIAS?

Desde 1985, época que passei a utilizar os serviços de transporte aéreo, vi sucumbir várias empresas de viação em nosso país. Na lista encontramos as grandes VASP e VARIG e as medianas CRUZEIRO DO SUL, TRANSBRASIL e TABA.

Para identificarmos os motivos das falências em um mercado como o nosso não encontramos respostas satisfatórias para várias indagações. São os preços praticados? Os altos custos operacionais? As intervenções do Estado? As relações trabalhistas?

Cada um tem um elenco de motivos para justificar o fracasso. Nos últimos anos a TAM e a GOL passaram por dificuldades, no caso da TAM sanadas com a flexibilização de capital externo. Recentemente a AVIANCA ficou na iminência de parar suas operações caso o pedido de Recuperação Judicial não fosse acatado na forma que foi solicitado.

Não pretendemos neste espaço esgotar o assunto, nosso propósito e fazermos uma reflexão sobre o nosso modelo. Se os preços são altos, os serviços de qualidade inferior, principalmente nos quesitos pontualidade e no atendimento dentro dos aeroportos e no fornecimento de bebidas e comidas durante os vôos o que promove tantos problemas financeiros nas companhias?

Sabemos que foi a força das operadoras junto a ANAC e demais órgãos fiscalizadores que impuseram as restrições às bagagens e a cobrança de volumes excedentes sem a prometida redução nos preços das passagens. Então o que justifica as seguidas crises do setor, mesmo com as aeronaves lotadas na maioria dos trajetos?

Duas coisas são reais nesta história. Nós usuários somos reféns do sistema imposto e novas falências estão rondando o mercado da aviação comercial no Brasil. Abrir este mercado será a solução? Não sei.

Por:Ademar Rafael


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