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O Carnaval

Por: Joaquim Nazário de Azevedo

O tempo passa, transformando locais, hábitos, abrigando o novo, as inovações.O Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e produção de alimentos. É um período de festas regidas pelo ano lunar. Por esse motivo o carnaval não tem data certa para sua realização. É na data da segunda lua nova do ano que termina o carnaval (terça feira). Aí começa o período marcado pelo adeus a carne (abstinência). São sete semanas de quaresma. O fim da quaresma é marcado pela fase da lua cheia. Por esse motivo nunca se teve uma semana santa no escuro.

É a maior e melhor festa popular do Brasil. Também um dos maiores espetáculos da televisão brasileira. Cada cidade brinca o carnaval de acordo com seu costume e tradição. É uma festa contagiante para os foliões e expectadores, quando realizada dentro dos padrões da ordem pública e do respeito ao ser humano, especialmente aos idosos, enfermos, crianças, etc…

Do carnaval passado de Afogados da Ingazeira, ainda me recordo de Zezito de Sá, Luiz Guaxini e Antenor Nogueira tocando músicas carnavalescas no extinto coreto situado na praça Domingos Teotônio. Dos papa angus ou tabaqueiros, com suas máscaras, chocalhos amarrados na cintura e roupas exóticas para não serem reconhecidos, instalando seus relhos de almocreve, correndo atrás de adolescentes e pedindo dinheiro aos conhecidos. Dos desfiles dos blocos de Maria Bogó, Hermes Varela (pai de Luiz de Hermes) e Aristéu Bezerra empunhando suas bandeiras, acompanhados de um grupo de foliões. Da orquestra da cidade de Sumé – PB, tocando nas tardes de entrudos com João Evangelista (Joãozinho), batendo pandeiro e cantando as músicas de carnaval da época (saca-rolha, banana nanica, etc.), Dos mela-mela e banhos no Rio Pajeú. Do bloco de Maria Coremas, chefe de Terreiro de Umbanda (cultura afro). Dos bailes animados pela cita orquestra no AERO CLUBE.e
periferia da cidade. Das lanças perfume importadas da Argentina, nocivas a saúde, utilizadas pelos foliões, que teve o seu uso proibido pelo Presidente Jânio Quadros, em seu curto mandato.

Em Salvador – Bahia, tem um estilo diferente de fazer carnaval com seus trios elétricos e os blocos negros como Olodum, além dos blocos de rua e do Afoxé filhos de Ganhdhi.

Recife e Olinda mantém a tradição do carnaval de rua no ritmo do frevo e do maracatu.

O Rio de Janeiro criou e exporta o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades brasileiras e até para o exterior. Seu carnaval está no Guinness Book como o maior carnaval do mundo.

Teresina, Capital do Estado do Piauí, realizou no dia 11 de fevereiro de 2012, um corso carnavalesco em uma extensão de 9,5 Km, envolvendo mais de 500 veículos (automóveis e caminhões) e mais de 100 mil foliões, tornando-se oficialmente o maior Corso do Zé Pereira do planeta pelo Guinness Book.

Em 1995, o Guinness Book declarou o Galo da Madrugada , da cidade do Recife como o maior bloco carnavalesco do mundo.

O Galo da Madrugada abre o carnaval do Recife cantando seu tradicional Hino:

Você diz que ela é bela
Ela é bela sim senhor
Também poderia ser mais bela
Se ela tivesse meu amor (Bis)
Bela é toda natureza, ô bela
Bela é tudo o que é belo, ô bela
O sorriso da criança
O perfume de uma rosa
O que fica na lembrança.
Belo é ver um passarinho, ô bela
Indo em busca de seu ninho, ô bela
Todo mundo se amando
Com amor e com carinho
Um sorrindo, outro chorando
De amor, de amor.

(Letra de Almir Rocha e Composição de Capiba)


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