RESPEITO AO INDIVÍDUO
O ativista político Henry David Thoreau, que foi fonte de inspiração para Leon Tolstoi, Gandhi e Martin Luther King Jr escreveu em 1949, ou seja, há 170 anos o livro “Desobediência Civil”, onde registra os principais pontos da sua forma de entender e agir no mundo.
As três figuras acima citadas ao beberem na fonte do idealista americano sugerem, com pouca margem de erro, que o pensamento de Thoreau é aplicável todas as vezes que o indivíduo precisa respirar fora do cubículo que o Estado obriga que ele permaneça.
O jurista Daniel Moreira Miranda em texto sobre as teses de Thoreau nos apresenta as seguintes ponderações: “… A maioria governa porque é o grupo mais forte, não o mais legítimo. Por este motivo, as pessoas devem seguir as regras da consciência sempre que as lei lhes pareçam injustas…”; “… Votar por justiça não é o mesmo que agir para obter justiça…” e “… A maioria acabará votando a favor de seus interesses. Uma pessoa com princípios deve seguir sua consciência.”
Nos momentos que o Estado para controlar os indivíduos utiliza invariavelmente as leis Thoreau faz questionamentos e afirmativas, a seguir transcrevemos um minúsculo resumo de tais ponderações: “Deve o cidadão, mesmo que por um instante, ou em menor grau, entregar sua consciência ao legislador?” “Não é desejável cultivar um respeito pela lei maior do que um respeito pelo que é correto”; “Em um governo que aprisiona qualquer um injustamente, o verdadeiro lugar de um homem justo também é a prisão” e “O progresso de uma monarquia absoluta para um limitada e de uma limitada para uma democracia é o progresso em direção ao verdadeiro respeito pelo indivíduo.”.
Que tal o novo governo e a comunidade, sem a pratica de excessos por nenhuma das partes, travem um diálogo verdadeiro em favor de um país onde as leis, a justiça e os direitos individuais caminhem juntos.
Por: Ademar Rafael