CORDEL
No dia 19.09.2018 o Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN concedeu por unanimidade o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro para literatura de cordel. O
reconhecimento foi festejado pelos cordelistas pelos amantes do secular estilo. Prepostos da Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC e do Ministério da Cultura fizeram presentes no evento.
O site da ABLC apresenta rico conteúdo sobre o tema, do qual destacamos os registros biográficos dos grandes cordelistas e a relação dos membros da Academia. No final de matéria vinculada no G1 traz uma definição que para este cronista retrata com acerto a literatura de cordel. “A expressão cultural retrata o imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas a respeito de acontecimentos vividos ou imaginados.”
Neste tempo de aprendizado falho é salutar percebermos que poetas de gerações recentes estão levando a metodologia do cordel às escolas. Alexandre Moraes, Zé Adalberto, Raulino Silva e tantos outros utilizam os
benefícios da computação gráfica para ilustrar suas histórias e estórias, tornando-as mais atrativas para jovens estudantes.
O trabalho que o poeta pajeuzeiro Maviael Melo realiza em todo nordeste com apresentações e oficinas, dando asas ao sonho de Nenen Patriota, é digno de premiação e reconhecimento. O produtor cultural e poeta Jorge Filó, ratificando o que narra o professor e ficcionista Gilmar de Carvalho no livro “Publicidade em cordel”, empresta seu talento e o estilo eternizado por Leandro Gomes de Barros e vários outros cordelistas para fazer publicidade e propaganda.
Percebe-se que antes do reconhecimento do IPHAN a literatura de cordel já havia deixado o nobre espaço das feiras livres e ingressado e outros universos. Diferente do petróleo que queima na fogueira do capitalismo o cordel é nosso e por muito tempo será útil para sociedade.
Por: Ademar Rafael