JOSÉ RUFINO DA COSTA NETO
Não conheço um assunto sobre o qual Dedé Monteiro não tenha escrito. Sua obra extrapola as fronteiras do Pajeú e alcança do mais simples homem do campo ao mais exigente intelectual. É para mim ele é o maior poeta das nossas paragens. Tenho recitado “Papai Noel de casa” pelo Brasil e recebo palmas pela mensagem expressa naquele belo poema.
Sabendo que Dedé seria um dos seus mais devotados seguidor, Jesus concedeu-lhe o direito de fazer tudo com muito mais acerto do que nós, os comuns. Sua ação como cidadão é destacável, como membro do Encontro dos Casais em Cristo é louvável e como profissional nas áreas que atua é admirável. Seu jeito brejeiro e encantador fazem dele uma das pessoas cujo convívio acrescenta em tudo. A missa do poeta, homenagem a Zé Marcolino, sem ele não teria o mesmo brilho. Suas declamações recebem, sempre, merecidos aplausos calorosos.
Desde “A porca preta pelada” até sua última criação ver-se na obra de Dedé um somatório de talentos e uma mistura do hilário, do popular e do erudito. Seus poemas são múltiplos. Nas rodadas de poesias, na Associação dos Poetas e Prosadores de Tabira, com Sebastião Dias, Zé Liberal e Afonso nota-se que a glosa de Dedé tem um perfume encontrado apenas nas flores campestres e é revestida da pureza da criança.
Por não ter o privilégio de sua companhia, em meu cotidiano, mato a saudade lendo e relendo o seu livro, que recebi do amigo Danizete, cujo prefácio é de Antônio de Catarina e o criador do nome é o meu conterrâneo Zé Liberal. Na leitura reencontro minha terra.
Caro Dedé, seus relatos poéticos tem a rapidez do Globo Repórter, porém o programa global por mais elaborado que seja não alcança a beleza de sua obra. Muito obrigado por tudo e continue sendo a mais brilhante estrela do nosso rincão, tu és, Dedé, imortal por natureza.
(*) – Originalmente publicado no site www.afogadosdaingazeira.com.br, como Pessoas do meu sertão XII.
Por: Ademar Rafael