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Crônica de Ademar Rafael

FORA DA FOTO

Em 25.04.16 na crônica O EX-VICE! escrevi: “Muitos defendem a tese que Temer representa a parte não degradável do esgoto que se transformou o Governo (PT + PMDB), após a depuração nas lagoas de decantação da Operação Lava Jato. Para este cronista o vice detém habilidades suficientes para recolocar o Brasil nos trilhos, mas, o histórico do seu partido e os “amigos” pode gerar fatos e atos capazes de colocar o país em um buraco mais profundo e mais largo. O tempo dirá.”

Agora no apagar do que resta de luzes do governo Temer o tempo prova que eu estava errado ao considerá-lo com habilidades para seguir o exemplo de Itamar Franco que colocou ordem na casa após a queda de Fernando Collor.

Diferente do meu pensamento Temer seguiu os passos do presidente Sarney. Fez um governo tão impopular que se tornou “persona non grata” no palanque do candidato do seu partido ao cargo de presidente nas últimas eleições.

Em 1989 Ulisses Guimarães não quis qualquer aproximação com Sarney e mesmo com a visibilidade obtida como presidente da constituinte e senhor das diretas ficou com algo perto de 4,4% dos votos. Na eleição de outubro último Henrique Meireles não tirou nem uma foto para “santinho” com quem o bancou no Ministério da Fazenda e ficou com apenas 1,2% dos votos.

Com esta nova derrota nas urnas o MDB tem dois caminhos: O primeiro é seguir na oposição e tentar resgatar o que resta da sigla partidária no pleito municipal de 2020. O segundo é aderir ao novo governo com o pragmatismo de sempre e permanecer na situação, mesmo com papel secundário.

Sarney, apesar do desgaste, seguiu na vida pública ao ser eleito Senador pelo Amapá. Temer deverá ter um caminho mais pedregoso, caso não seja blindado pelo futuro governo. Uma coisa é certa: Sai do governo menor que entrou.

Por: Ademar Rafael


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