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Crônica de Ademar Rafael

CÍRIO DE NAZARÉ

A fé, o carinho e a devoção impressa no rosto de cada participante do Círio de Nazaré em Belém do Pará não podem ser avaliados através de fotos ou de textos escritos. Somente se estivermos presente poderemos
medir a intensidade de tais manifestações.

Na massa humana que cobre o trajeto entre a Basílica Santuário de Nazaré e a Catedral de Belém, na Trasladação no sábado à noite, ou no trajeto entre a Catedral de Belém e a Basílica Santuário de Nazaré, no Círio na manhã do domingo não há ricos ou pobres; pretos, pardos ou brancos; altos ou baixos. Naquele espaço apenas existe devotos. Todos igualam-se neste nível.

A primeira procissão ocorreu em 08 de setembro de 1793. Poderíamos classificar como principais símbolos o manto, a berlinda e a corda. No entanto, com a devida vênia dos estudiosos do assunto, na minha avaliação a guarda da santa, os devotos comuns e os promesseiros trazem o calor humano que dá ao Círio a grandiosidade e gera a indescritível fonte de energia que nele impera.

Em um gesto de extrema intimidade os belenenses chamam carinhosamente a Virgem de Nazaré de “Nazinha”. Este tratamento, para mim exclusivo dos nativos da cidade das mangueiras, traz consigo a certeza que a misericórdia da padroeira da Amazônia permite tal aproximação.

Marabá e outras cidades do estado do Pará também realizam seus círios e a participação dos devotos, em número bem menor é claro, mantém a intensidade quanto à fé, o carinho e a devoção.

Cada templo mariano tem característica própria, contudo, a energia positiva que é gerada nos eventos aqui citados só acontece em função do poder ilimitado da nossa IMACULADA MÃE.

Por: Ademar Rafael


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