BRICS, PARA QUE SERVE?
Na última semana de julho-2018 novamente os governantes de Brasil,Rússia, China, Índia e África do Sul se reuniram em Joanesburgo para jogar conversa fora justificando estudo e a adoção de medidas conjuntas para enfrentar a política protecionista do dono da terra, senhor Donald Trump.
A pergunta sem resposta é: Por que o resultado de tais encontros tem peso ZERO na solução dos problemas dos países e no atendimento dos objetivos do grupo?
Apesar de ser o caminho da lógica, não encontramos resposta ao considerarmos que conforme dados de 2017 o PIB dos países que formam o BRICS (22,8 trilhões de dólares) é superior ao PIB dos EUA (20,0 trilhões de dólares) e que os consumidores dos BRICS somam mais de 3 bilhões enquanto e nos EUA são 325,7 milhões.
As respostas começam a aparecer quando detalhamos os comportamentos dos países que compõem o bloco econômico idealizado pelo economista Jim O’Neill em 2001. Em um grupo onde cada um age olhando para seu umbigo o resultado coletivo será sempre pífio.
O Brasil teima em continuar sendo uma colônia dos EUA; a Rússia busca usar o grupo para superar disputas internas e melhorar sua relação com a União Européia; a Índia quer atrair para seu país todo que possa gerar
emprego e renda para sua imensa população; a China tem como meta principal empurrar suas “bugigangas” em toda face da terra e a África do Sul, mesmo com os estragos causados durante a época da segregação
racial, pensa com a cabeça de europeu.
Desta forma os governantes continuarão torrando dinheiro e gastando tinta e saliva para produzir documentos e intenções conjuntas sem qualquer eficácia e o BRICS será sempre sinônimo de quase nada.
Por: Ademar Rafael