O restabelecimento da autoridade do governador como comandante em chefe da segurança do Estado é a chave para a redução efetiva dos índices de violência que têm tirado a tranquilidade dos pernambucanos. Esta foi a mensagem-chave passada pelo candidato ao governo pela coligação Pernambuco Vai Mudar, senador Armando Monteiro (PTB), em sabatina na tarde desta segunda 10, durante o NETV1, na Rede Globo Nordeste. “Nós vamos assumir a coordenação, restabelecer a autoridade e resgatar o Pacto pela Vida”, afirmou Armando ao apresentador Márcio Bonfim.
“O tema da segurança é central: 16.400 pernambucanos perderam a vida nos últimos três anos e meio. Esse ano nós já temos 2.800 mortes. Nós temos 1.600 assaltos a ônibus registrados esse ano. E uma média de quase seis estupros por dia”, citou Armando, para, logo em seguida, explicar como pretende recuperar os ganhos obtidos no Estado durante o governo Eduardo Campos (2007-2013): “Criar o Comando Cidadão vinculado diretamente ao Gabinete do Governador. Coordenar as ações. Motivar os policiais, oferecendo a eles, naturalmente, condições mais adequadas, criando centrais de comando e inteligência, implantando as patrulhas rurais, porque hoje quem mora no interior de Pernambuco também vive sobressaltado”.
Armando criticou a falta de comando do governador Paulo Câmara, que permitiu o aumento dos índices de criminalidade. “A principal mensagem é a seguinte: o governador de Pernambuco vai assumir a questão. Não vai ficar atrás do balcão. Vai para linha de frente, coordenar os esforços, mobilizar a sociedade, investir em inteligência e não ficar como ocorreu nos últimos anos, culpando a crise por esses problemas”, prosseguiu. “Nós temos condições, nessa área de segurança, de fazer investimentos. Instalar um centro de comando e inteligência, que é uma experiência que Goiás já adotou. Cada centro representa um investimento de 10 milhões de reais. Não é algo fora de propósito. Colocar as delegacias para funcionar 24 horas é uma coisa concreta”.
O candidato também propôs a substituição dos policiais militares que atuam em funções administrativas por quadros oriundos das Forças Armadas. “Podemos ampliar os efetivos, colocando em funções administrativas, por exemplo, egressos do serviço militar. Em vez de você ter policiais treinados fazendo funções administrativas, na retaguarda, vamos liberá-los para que eles possam ir para rua. E vamos colocar nessas funções jovens ou pessoas egressas do serviço militar. É uma medida prática, que implica em usar o efetivo, que já é da folha do Estado. Não significa aumento de gastos”, arrematou.