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Crônica de Ademar Rafael

OS SANTOS, OS ZÉS E UMA MUSA.

Na noite de São João, no bairro Santo Antônio, no Pátio de São Pedro uma “nativa” de São José do Egito cantou divinamente músicas dos compositores Zé Dantas e Zé Marcolino. Bia Marinho encantou os presentes com uma apresentação digna de aplausos intermináveis.

De pés descalços, soltou os cabelos e a incomparável voz em favor da autêntica música nordestina. A banda, cujos filhos Greg e Miguel faziam parte, serviu de espaço para que o “o arco íris musical do Pajeú” demonstrasse toda sua exuberância e brilho.

Depois do show, em Afogados da Ingazeira, este cronista em conversas com amigos amantes da boa música afirmou o que ratifico nesta crônica. Temos salvação: “Enquanto vozes como a de Bia Marinho estivem ecoando pelos palcos de vida a música de raiz será eternizada”.

Na abertura do show a nossa “sabiá” interpretou a música “Caldeirão dos mitos” com uma intensidade tão elevada que se Bráulio Tavares e Elba Ramalho estivem na plateia teriam chorado de emoção. A beleza da interpretação não cabe em uma crônica composta somente de adjetivos.

A revoada sobre obras de Zé Dantas e Zé Marcolino ratificou a escolha que o dona da linda voz do Pajeú fez desde o início da sua carreira, ao lado de Zeto: “Defesa da nossa música com a garra que uma mãe defende seu filhote das garras de um predador”.

Foi ao Pátio de São Pedro com a certeza que assistiria a um espetáculo superior, não apenas por causa do reconhecido talento de Bia. Numa postagem que ela fez pela manhã do dia 23.06.18, carregando as baterias com o neto Zé, ficou evidente que a atmosfera estava pronta. Seria outra apresentação onde os não iluminados teriam somente que aplaudir e agradecer a Deus por está ali, naquele momento. Bia, que São José, São Pedro, São João e Santo Antônio protejam você e seus Zés.

Por: Ademar Rafael


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