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Crônica de Ademar Rafael

PONDERAÇÃO

Em outras oportunidades li o livro “O mundo do Sofia”, de Jostein Gaarder, para utilização em trabalhos acadêmicos na condição de aluno ou de professor. Recentemente fiz nova leitura, desta vez, pelo prazer da leitura. Cada frase foi “degustada” calmamente. Quero, nesta crônica, apresentar um entendimento agora assumido sobre parte do pensamento de Aristóteles e sua falta de sintonia com procedimentos sem ponderação que pratiquei no período pós-adolescência.

E que parte do pensamento do grande filósofo ateniense ignorei? A que trata do “meio-termo de ouro”. Extraído dos seguintes ensinamentos: “Não devemos ser nem covardes, nem audaciosos, mas corajosos”; “Também não devemos ser nem avarentos, nem extravagantes, mas generosos” e “Só através do equilíbrio e da moderação é que podemos nos tornar pessoas felizes ou harmônicas”.

Após a leitura deste texto alguém pode dizer: “O reconhecimento de um erro após os tantos anos serve para algo”? De acordo com meu ponto de vista a resposta é positiva. Toda vez que, em vida, reconhecemos uma atitude tomada como inadequada e dizemos isto sem reservas, no mínimo, estamos contribuindo para outras pessoas não pratiquem o mesmo erro. O reparo do dano é que pode ser tardio.

Por ignorar o sentido exato do “meio-termo de ouro”, cometi excessos, feri pessoas e queimei etapas da vida. Justificar que isto é coisa de jovem, todos nesta idade pensam assim é um caminho simplista, não colabora com o processo de evolução que cada um de nós carece para cumpri bem a missão em cada passagem pelo mundo.

Em nossas relações pessoais, familiares e com a comunidade quando feitas com ponderação e empatia gera a corrente que move o mundo em direção à paz e justiça social. Sejamos, pois, ponderados.

Por: Ademar Rafael

 

 


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