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Crônica de Ademar Rafael

FESTAS DO POVO

Existem duas festas de padroeiros com as quais tenho perfeita identificação e sintonia. A festa de Nossa Senhora dos Remédios em Jabitacá – PE e a festa de Santo Antônio em Barbalha – CE.

Mantidas as devidas proporcionalidades com as populações do Distrito de Iguaraci – PE e da cidade dos verdes canaviais o público de cada festa é garantido pelas comunidades envolvidas e a presença dos visitantes apenas ratifica as cores cosmopolitas das duas manifestações religiosas.

Os versos libertários de Quincas Rafael e de Wilson Vieira, respectivamente, servem de piso para exposição do tecido cultural e devocional de cada festa, retirando delas as restrições impostas aos eventos plastificados pela interferência externa. A comunidade local apoderou-se dos encontros, transformando-os em festejos populares em que o profano e o sagrado convivem harmoniosamente sem agressões ou tentativa de neutralização de um pelo outro.

As bandas de pífanos são as grandes orquestras das festas, as procissões e as cerimônias religiosas nas igrejas e o entrelaçamento entre os membros das comunidades são elementos que dão aos festejos a argamassa de perpetuação.

Em Jabitacá a festa chega neste ano em sua centésima décima quinta edição e em Barbalha foi realizada e festa de número noventa e um, o tempo, em ambas situações, serviu para fortalecer a grandiosidade de cada evento e fincar suas raízes no solo composto pelo trio tradição, comunhão e devoção.

Por ter tido o privilégio de nascer em Jabitacá e ter trabalhado em Barbalha entre os anos de 1982 a 1992 identifico-me e mantenho plena sintonia com referidas manifestações religiosas e culturais. Que assim seja por muitos anos.

Por: Ademar Rafael


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