Ainda como parte da agenda de comemorações ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, neste 25 de julho, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio da coordenadoria de Igualdade Racial, da sua Executiva de Segmentos Sociais (SESES), realizou apresentação na Câmara de Prevenção Social do Pacto Pela Vida, com a temática da mulher e juventude negra, com ressalva especial para o Plano de Combate ao Racismo Institucional – PCRI, elaborado pela SESES e referendado pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara.
Marta Almeida – técnica da coordenadoria de Igualdade Racial da SESES – foi a responsável pela palestra. Com explanação que passou pela saúde e violência obstétrica sofrida por mulheres negras, prevenção contra a violência à juventude negra e, também, as dinâmicas de formações que visam o enfrentamento ao racismo institucional. “A população como um todo deve ter acesso a estas informações, para que nós consigamos popularizar as peculiaridades deste segmento da sociedade e de como podemos ser agentes de combate ao racismo. As mulheres são as que mais sofrem com a violência obstétrica; em sua maioria, pessoas de periferia, que não recebem o tratamento devido no momento do parto. Além disso, os jovens negros de Pernambuco e do Brasil ainda não sentem a questão da cor como sendo uma batalha social. O que leva, muitas vezes, à revolta e violência”, explicou.
Em 2016, o Governo de Pernambuco assinou o decreto que institui o quesito raça-cor em todos os formulários do Estado, como parte do plano de enfrentamento ao racismo, ao tempo em que registra esta população oficialmente. O Estado também instituiu o mês de novembro como Mês da Consciência Negra.
“Para fortalecermos a população negra, somos obrigados a tratar a juventude; que está como tópico de alerta, quase que anualmente, no Mapa da Violência do Brasil. E, infelizmente, temos que conviver com situações como o preconceito sofrido por jogadores brasileiros negros, na última Copa do Mundo. Isso porque o negro está sempre em condição de inferioridade. No caso da mulher, ainda mais; porque une o preconceito com o machismo. E tudo isso ainda acontece no século XXI. Por isso que a proposta da coordenadoria de Igualdade Racial visa fomentar a autoestima e valorização da população negra, no estado de Pernambuco, para respaldar as demais secretarias e municípios, numa rede transversalizada de combate ao racismo”, completou a palestrante.