O COMUNICADOR DA MAIORIA
O titular deste blog emprestou a este cronista o livro “O que eu disse e o que me disseram – A improvável vida de Geraldo Freire”, autografado pelo autor no dia 11.05.18, durante o lançamento na cidade de Serra Talhada. Para devolução ao dono, li a obra no período que estive em Juazeiro do Norte – Ceará, cidade próxima a serra de onde partiu o apresentador do programa “Super Manhã”.
A publicação de autoria de Geraldo Freire e Eugênio Jerônimo detalha a saga do comunicador que nas ondas do rádio leva aos seus ouvintes a informação com sua incomparável marca. Fica evidenciado na obra que infância pobre e trabalho não deforma ninguém, pelo contrário, serve de argamassa para formação de um cidadão munido de fibra e dotado elevado censo de responsabilidade solidária.
No livro encontramos um texto que narra uma situação corriqueira na época que Geraldo e sua família moravam na zona do rural do município de Pesqueira. Com a goma fornecida pelos vizinhos, nos dias de farinhada, a tapioca era feita e consumida insossa. Na residência de Seu Lauro, pai do futuro locutor das multidões, não havia sequer o sal. Isto não fez de Geraldo Freire um fracassado, transformou-o no gigante do rádio brasileiro.
Os seis primeiros capítulos do livro tratam da trajetória do comunicador desde a saída de Caririaçu no Ceará, passagem por Pesqueira e chegada ao Recife. Devem ser lidos com extremado zelo por conter muitas lições para vida. O segmento “O que eu disse e que me disseram”, dividido em sete partes, segue a sábia lição de que recado curto e preciso é melhor de entender, absorver e recontar. Os temas sevem para todos os gostos e atendem a multiplicidade de ideias dos ouvintes do grande líder de audiência.
Aos leitores e as leitoras que gostam de extrair lições em biografias afirmo sem medo: “O livro de Geraldo Freire tem muitos ensinamentos”.
Por: Ademar Rafael