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‘Não fui consultado’, diz João Paulo sobre ser vice de Paulo Câmara

JC Online

Questionado sobre a possibilidade de ser vice na chapa do governador Paulo Câmara (PSB), o ex-prefeito do Recife João Paulo (PCdoB) disse ainda não ter sido consultado. Durante entrevista à Rádio Jornal Caruaru, na manhã desta quinta-feira (7), João se colocou como pré-candidato a deputado estadual e lembrou que o PCdoB já fez uma indicação para a chapa majoritária, que seria da presidente do partido, deputada Luciana Santos, para o Senado. “Quem define qual a chapa majoritária de um governo que tenta a reeleição é quem está no poder. No caso, o governador Paulo Câmara. O PCdoB já fez uma indicação para participação na chapa majoritária que é da companheira Luciana Santos e não acredito que caiba mais de um nome do PCdoB na majoritária, uma para Senado e uma para vice”, comentou.

Nos bastidores, fala-se no nome de João Paulo para a vice na chapa com o governador Paulo Câmara (PSB). A jogada firmaria o posicionamento mais à esquerda dos socialistas, que em 2014 apoiaram no 2º turno a candidatura de Aécio Neves (PSDB) e traria para a chapa de Paulo uma liderança consolidada na capital pernambucana com a imagem ligada a Lula, num Estado onde a imagem do ex-presidente ainda é fator relevante na eleição. Caso seja consultado, o ex-prefeito diz que levará a discussão para o partido decidir.

Dois meses após sua saída do PT, o ex-prefeito também comentou a indefinição do partido entre candidatura própria ou se aliar ao PSB em Pernambuco. “Não há nenhuma definição ainda, a decisão da direção nacional do PT foi de adiar a data da definição de políticas de alianças em todo o Brasil. A leitura que faço é que é importante para o PT uma aliança nacional com o PSB e para o PSB, no âmbito local, é interessante uma aliança com PT”, disse. Pré-candidata ao governo pelo PT, a vereadora Marília Arraes prega incoerência em aliança pelo fato de o PSB ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Para João Paulo, os socialistas repensaram suas decisões e se reaproximam da esquerda. “O que houve de um período para cá, é que houve conversas do PSB com setores mais conservadores, como o Ronaldo Caiado, o apoio a Aécio, a saída de Dilma e isso afastou o PSB do campo mais da esquerda. Mas acho que o partido refez a posição dele, foi contra a reforma trabalhista e com decisões mais à esquerda trouxe uma aproximação com o próprio Partido dos Trabalhadores e é essa decisão que tem garantido essa área de intercessão, que é a banda do PT que defende a aliança com o PSB, há uma tendência para a unificação desse campo popular à esquerda”, comentou.

LULA
Fiel defensor de Lula, mesmo tendo deixado o PT um dia antes da prisão do ex-presidente, João Paulo afirma que só Lula poderia tirar o Brasil da crise e negou rusgas com petistas. “Tenho amigos no PT, continuo na mesma luta, combatendo o golpe que tirou Dilma e colocou Lula na prisão, logo ele que é a única liderança que pode tirar o Brasil desse marasmo, desse desemprego e dessa confusão toda. Eu saí do partido pois achei que poderia contribuir muito mais até fora do PT do que dentro. Tem um processo muito difícil que é o processo da disputa interna, espero que qualquer caminho que se decida o partido possa caminhar com unidade”, disse o ex-prefeito em relação à indefinição do partido entre candidatura própria ou aliança.

Em entrevista recente a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse que ‘João Paulo escolheu um momento infeliz para deixar o PT’.


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