Foram avaliados dois cenários da candidatura ao Senado na pesquisa Datamétrica: com Jarbas Vasconcelos e sem ele. Os demais nomes foram mantidos nas duas simulações. Na simulação que inclui o ex-governador e deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), ele aparece em primeiro lugar, com 23% das intenções, seguido de Mendonça Filho (DEM) com 19% e Humberto Costa (PT) com 17%. Trata-se, desta forma, de um empate técnico, em que não se pode afirmar quais dos dois, dentre os três, seriam efetivamente eleitos, fossem as eleições hoje. Os demais nomes aparecem bem atrás: José Queiroz (PDT) com 6%, Silvio Costa (Avante) com 5%, André Ferreira (PSC) com 4%, Maurício Rands (PROS) com 2%, Eugênia Lima (PSol), Albanise Pires (PSol) e Antônio Souza (Rede) com 1% cada.
A saída de Jarbas Vasconcelos na pergunta estimulada de votos a senador mantém o empate técnico entre deputado federal e ex-ministro Mendonça Filho (22%) e o senador Humberto costa (21%). O ex-prefeito de Caruaru José Queiroz, que é quem de novo se aproxima mais, cresce de 6% para 8% somente, o ex-deputado federal Maurício Rands cresce de 3% para 4% e os demais permanecem com os mesmos números. Se Jarbas não for candidato, como se ventila em alguns ambientes, 44% dizem que não terão um segundo candidato. O restante se distribui beneficiando os vários demais candidatos, sem uma preferência forte: 16% iriam para Mendonça Filho, 14% iriam para Humberto Costa, 11% iriam para José Queiroz. O deputado federal Silvio Costa e Maurício Rands receberiam 4% cada. A amostra foi composta por 600 entrevistas aplicadas junto a eleitores que moram e votam no estado de Pernambuco em todas as regiões. A pesquisa foi realizada nos dias 8 e 9 de junho. A margem de erro é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. Tem intervalo de confiança de 95%, foi feita por meio de entrevistas presenciais e está registrada no TRE sob o registro PE-02648/2018.
Análise
O cenário captado pela pesquisa mostra que o atual governador, hoje disputando a reeleição, chegou ao quarto ano de seu mandato com uma fragilidade exposta por uma vereadora em terceiro mandato que, aos 34 anos e com poucos trunfos na política estadual, desafia sua reeleição, empatando tecnicamente no primeiro e no segundo turnos. No primeiro turno, ele venceria com 3 pontos percentuais de vantagem sobre ela, e no segundo turno ela venceria com 1 ponto percentual de vantagem sobre ele. Além disso, na simulação de segundo turno contra o candidato Armando Monteiro, ela mostra estar mais forte para vencer o candidato do PTB do que estaria o governador. Enquanto o governador o venceria por 4 pontos percentuais, portanto dentro da margem de erro, ela o venceria com 9 pontos percentuais de vantagem (fora da margem de erro).
Chama a atenção menos a força dela do que a falta de força dele. Não se está dizendo com isso que Marília tenha a liderança, ou que vá vencer caso seja mesmo candidata. Mas saibamos que as eleições serão duras e que o governador começa a disputa em vantagem frágil, principalmente considerando se tratar de uma reeleição. Ainda mais lembrando que o cenário nacional a favorece, com Lula especialmente forte no estado, como se verá nos resultados dessa pesquisa para a eleição a presidente. Portanto, meses de tensão política à frente, sob interferências diversas.