Articulando a segunda vaga para o senado – a primeira foi preenchida pelo deputado federal Mendonça Filho (DEM) -, Armando Monteiro Neto (PTB), pré-candidato ao governo no grupo de oposição intitulado Pernambuco Vai Mudar, admite discussões com outros partidos, mas cita também um integrante da própria frente como opção. “Quero lembrar que há outros nomes. Queria destacar um outro valoroso quadro, que é o deputado federal Daniel Coelho, um jovem quadro e valoroso quadro cujo partido está integrando à nossa aliança, o PPS”, elogiou o aliado em entrevista ao cientista político Antonio Lavareda, no programa 20 Minutos exibido neste sábado (16) na TV Jornal.
Em meio às negociações com o PSC, comandado pelo deputado estadual André Ferreira, também afagou o possível aliado. “Há razões que possam ser aqui trazidas que apontem para a forte conveniência de contarmos com um quadro como André Ferreira, que nós reconhecemos não só pela inserção na comunidade evangélica, mas pelo fato de vincular-se a um grupo político muito expressivo em Pernambuco. Sem dúvida nenhuma, agregaria valor”, disse.
O PSC segue na Frente Popular, aliança de Paulo Câmara, mas, sem conseguir avançar nas negociações para uma vaga ao Senado, conversa também com a oposição.
O deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) é o nome prioritário para a primeira vaga na chapa socialista. A segunda deve ser do senador Humberto Costa, caso o PSB consolide a aliança com o PT. Ainda disputam a posição o PP, o PCdoB e o PDT.
Essa semana, Armando Monteiro falou em evitar que a oposição seja usada para “barganha”, o que foi considerado no meio político como um recado para André Ferreira. O petebista negou que tenha sido endereçado a alguém.
Armando Monteiro ainda foi questionado sobre o deputado federal Silvio Costa (Avante), seu aliado nos últimos pleitos que tenta, neste, uma vaga se o PT mantiver a candidatura própria da vereadora do Recife Marília Arraes. “Silvio Costa é alguém que Pernambuco reconhece como uma figura combativa, que teve um papel importante na defesa do governo anterior. Que tem um estilo próprio, um estilo às vezes polêmico, e que optou por construir essa pré-candidatura fora do nosso conjunto. Nessa perspectiva, estamos abertos a fazer uma discussão”.
Questionado sobre ter estado em palanque diferente dos outros integrantes da chapa em eleições anteriores, Armando minimizou. Mendonça Filho, Bruno Araújo (PSDB) e Fernando Bezerra Coelho (MDB) estavam na chapa de Paulo Câmara em 2014.
“Na história recente da política de Pernambuco alguns alinhamentos e realinhamentos ocorreram de forma muito expressiva. Eu lembro o que representou na eleição de Jarbas aquela aliança muito pouco provável com o PFL. Eram adversários históricos que se juntaram”, rememorou. “Eu diria que isso é próprio de um sistema político que não guarda no plano nacional muita coerência do ponto de vista doutrinário, mas no plano regional o que nos reúne hoje e fundamentalmente a compreensão de que Pernambuco precisa mudar de rumo”, afirmou.
Armando Monteiro ainda disse haver uma rejeição ao governo Paulo Câmara, criticando o adversário. “O que fica claro, e isso todas as pesquisas indicam, é uma larga desaprovação do governo”, alfinetou. “Ninguém duvida que tanto o governador Rui (Costa, da Bahia/PT) quanto Camilo (Santana, do Ceará/PT) se encaminham para a eleição com muito boas chances, mesmo com a crise”, comparou.(Blog de Jamildo)