Solidariedade (substantivo feminino que indica a qualidade de solidário e um sentimento de identificação em relação ao sofrimento dos outros). A palavra tem origem no francês solidarité que também pode remeter para uma responsabilidade e respeito recíproco.
A sua prática, por ser um valor capaz de requalificar, permite reconstruir o esgarçado tecido da cidadania. Por isso, em todos os momentos, em diferentes sociedades, é indispensável fazer referência, propor iniciativas e refletir sobre a solidariedade. No coração da prática solidária está o princípio fundamental e inegociável da consideração para com o outro.
Viver a solidariedade é indispensável para possibilitar que as práticas políticas recuperem a sua inteireza. Por isso mesmo, urgente e prioritário, neste momento em que a sociedade brasileira precisa sair da crise, é reconhecer que a solidariedade é determinante nas dinâmicas sociais. Isso não é uma simples reflexão teórica, mas indicação de uma exigência moral com força transformadora, pois possibilita o surgimento de atitudes que estão na contramão das violências que dizimam, das corrupções que sucateiam e da perda da percepção de que todos são destinatários, igualmente, de condições dignas.
O assunto sobre a falta de ser solidário é tão sério que uma entre quase 136 milhões de pessoas em todo o mundo segundo estimativa do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), dependerão de ajuda humanitária em 2018. O número, 5% maior do que em 2017, representa uma em cada 56 dos 7,6 bilhões de habitantes do planeta. E está subestimado, uma vez que a projeção do OCHA não inclui, por exemplo, as pessoas que fogem da violência em países da América Central, e também perdem os meios de sobrevivência. Por isso, que ao trilhar o percurso e reconhecer o valor da solidariedade, colabora-se com a construção de uma cultura que contemple fortes sentidos de pertencimento, patriotismo e apurada sensibilidade humana, que se desdobra em gestos e ofertas mais generosas. E viva a Solidariedade. É isso que eu quero praticar. E você?
Danyelle Amorim- Jornalista e sócia da Espalha