A afogadense Aurea Palloma Bezerra Barbosa Veras, aluna do curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada tem trabalho aprovado no 16º Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia, evento que acontece em conjunto com o 12º Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia e a 1ª Feira Mundial de Sociobiodiversidade. O evento contará com a presença de 31 países e será sediado no Hangar centro de convenções da Amazônia, em Belém- PA, no período de 7 à 11 de Agosto.
Segundo Paloma, o objetivo do congresso é refletir sobre a declaração de um documento assinado no Congresso Internacional de Etnobiologia que aconteceu em Belém, em 1988, e destacou a conexão entre os povos tradicionais e a biodiversidade. Além disso, o outro objetivo é analisar o campo da etnobiologia ao longo dos 30 anos, focando nos avanços e desafios científicos, éticos, jurídicos e políticos relacionados aos povos indígenas e populações tradicionais e o uso sustentável da biodiversidade.
O trabalho aprovado da universitária afogadense, foi desenvolvido na comunidade Quilombola Leitão da Carapuça, e teve como objetivo investigar o conhecimento que as pessoas da comunidade detêm a respeito das aves silvestres da Serra do Giz, em Afogados da Ingazeira- PE. Foram pesquisadas as espécies de aves conhecidas pelos informantes e seus respectivos nomes populares, o hábito alimentar (de que se alimentam), o modo como vivem (as aves que vivem em grupo, casal e sozinhas), as interações socioculturais ligadas às crenças e superstições e as possíveis causas que levaram ao desaparecimento de aves silvestres da Serra do Giz ao longo dos anos.
Além disso, foi colocada em questão a grande relevância de valorizar esses saberes tradicionais e reforçar a participação desses povos como uma grande aliada na elaboração de estratégias de conservação da avifauna local, já que essas pessoas são conhecedores do ambiente
em que estão situados, pelo fato de já viverem há muito tempo no local e conhecerem os recursos naturais que são explorados ou que estão suscetíveis à exploração.
Arraza, Mulher!