Home » Crônicas de Ademar Rafael » Crônica de Ademar Rafael

Crônica de Ademar Rafael

JOGADO AOS LEÕES

Um alto executivo do Banco do Brasil, com quem trabalhei nos anos do século passado, tinha uma tese que quando um grupo lançava alguém para determinado cargo vago antes do tempo era para queimar seu nome.

Na política brasileira isto é comum, muitos casos de fato é validando a tese da “queima” e também o para testar a densidade eleitoral no campo das especulações.

Desde o segundo semestre do ano passado alguns setores da imprensa, grupos partidários e segmentos da sociedade já “torraram” vários nomes assim como deixaram outros na pauta por semanas. Roberto Justus, Luciano Huck e Sérgio Moro foram figuras públicas que viram seus nomes lançados como candidatos à presidência.

Para o governo dos estados a lista é infinita e seguem a mesma lógica aplicada para os candidatos ao cargo máximo do executivo brasileiro. As intenções são diversas, no entanto a “queima” e o teste da densidade eleitoral aparecem como principais motivos para os lançamentos intempestivos. A legislação eleitoral permite tais aventuras, proíbe apenas que os supostos candidatos assumam tal condição antes dos prazos previstos nas normas. Desta forma a prática contempla muito interesses.

Na eleição de 1989 foram vinte e dois candidatos: Affonso Camargo, Afif, Aureliano Chaves, Brizola, Celso Brant, Collor, Correia, Enéas, Eudes Mattar, Gabeira, Lívia Maria, Lula, Maluf, Manoel Horta, Mário Covas, Marronzinho, P. G., Pedreira, Roberto Freire, Ronaldo Caiado, Ulysses Guimarães e Zamir. Outros foram “chamuscados”.

Em mensagem que recebi do titular deste blog, nesta semana, a lista de postulantes ao cargo de Presidente no pleito de 2018 já supera e marca de 1989. Teremos muitos figurantes e poucos com capacidade de chegar perto? Vamos aguardar as cartas serem jogadas à mesa em agosto.

Por: Ademar Rafael


Inscrever-se
Notificar de

0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários