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Crônica de Ademar Rafael

POESIAS FILOSÓFICAS

Toda vez que um visitante sentar para uma roda de conversa com Antônio José de Lima, egipsiense de primeira grandeza, sairá da reunião com pelo menos um “verso ou causo novo” sobre um poeta nordestino.

Com o lançamento do livro “Legado filosófico de poetas e repentistas semianalfabetos” Toinzé, como o autor e conhecido no universo pajeuzeiro, traz ao mundo versos e causos de poetas conhecidos e anônimos.

No prefácio o também poeta Antônio Marinho do Nascimento disseca o
título da obra dando-lhe uma amplitude que apenas os seres dotados de alto brilho podem fazer. Compatibilidade total entre prefaciador e autor.

Na leitura da coletânea encontramos estrofes maravilhosas, produzidas por poetas e repentistas tidos como semianalfabetos, mas, detentores de poderes ilimitados para jogar ao mundo poético e filosófico um rico estoque de poesias.

Na linguagem virtual o termo “viralizar” significa a ação de fazer com que algo se espalhe rapidamente, semelhante ao efeito viral. No mundo da poesia nordestina quando um “verso grande” corre de boca em boca podemos dizer que “viralizou”. Muitas estrofes inseridas no livro passaram por este fenômeno.

Na condição de amante da poesia popular fui gratificado ao encontrar entre poemas inseridos na pesquisa a obra de Elísio Félix da Costa – Canhotinho, intitulada “O remorso falando ao avarento” e ao descobrir que o magistral poema foi salvo por uma transcrição de Dona Helena, esposa de Lourival Batista e sogra do pesquisador.

O livro dá vida e voz a poetas anônimos e a versos registrados somente nas memórias dos apologistas. Vivia a poesia popular.

Por: Ademar Rafael


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