Por: Renata Bezerra de Melo
Quando a exoneração de Túlio Gadêlha foi publicada, nesta sexta (19), ele se encontrava em Petrolina, onde faria uma reunião para entrega de títulos remanescentes que, segundo ele relata à coluna, já haviam sido mote de ato realizado em 2017 na presença do governador Paulo Câmara. Mas o encontro acabou não ocorrendo, já que ele deixou o cargo. O motivo da substituição de Túlio pelo auditor do Trabalho concursado, André Luz Negromonte, na presidência do Iterpe não foi explicitado pelo Governo do Estado, mas nos bastidores sobram reclamações de deputados da base incomodados com o comportamento do pedetista. Há queixas de que ele chegou a marcar mais de uma agenda no interior sem comunicar parlamentares que tinham reduto eleitoral na região.
A chiadeira já andava grande entre aliados de Paulo Câmara e chegou ao Palácio das Princesas. Na avaliação dos deputados, Túlio andava dando “balão” nos parlamentares. Túlio, por sua vez, observa: “Não se justifica dizer que não se chamou deputados para o ato, porque não se faz dois atos de entrega de uma coisa só. Havia títulos remanescentes que deveriam ter sido entregues no ano passado”, registra ele, admitindo haver “muita gente especulando com relação à vinda (dele) para o Sertão e à entrega de títulos”. Ele adverte: “E mesmo que fosse (um ato), a gente não pode fazer atos de entrega de direitos. Título de posse é direito dos agricultores”. Segundo governistas, houve episódios envolvendo questões de hierarquia também, que desembocaram nesse imbróglio. Pessoas próximas a Túlio defendem que a candidatura dele a deputado federal siga sendo “preparada”. Entre governistas, isso não estava nos cálculos. Túlio deve se posicionar, hoje, por meio de nota oficial.