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Crônica de Ademar Rafael

ALÉM DOS TESTES

Historicamente a Correia esteve sob ordens de outras nações. Até a primeira década do século passado a China dava as cartas, posteriormente o Japão assumiu esta missão. O comando japonês durou de 1910 até 1945 quando a península foi ocupada por americanos e soviéticos.

Em 1948, atendendo os interesses dos “vendedores” do conflito mundial a Correia foi dividida em duas. A do Norte assumiu o sistema socialista e a do Sul o sistema capitalista, tudo de acordo com a vontade da U.R.S.S. e dos E.U.A.

Entre junho de 1950 e julho de 1953 o território coreano foi manchado pelo sangue, em função da guerra civil ali instalada. O Armistício de Panmunjom trouxe o fim do conflito armado, no entanto, a paz entre as Coreias nunca houve de fato, a influência externa é marcante em vários episódios.

As divergências entre os Estados Unidos e a Correia do Norte agravou-se nos últimos meses, tendo como pano de fundo os testes nucleares promovidos pelo “menino travesso” Kim Jong-Um e pela política externa definida por Donald Trump. Quando dizemos “pano de fundo” é porque os reais motivos da intriga são outros. Nas últimas intervenções militares os americanos sempre invocam as ameaças terroristas e nucleares para ganharem a opinião pública e acobertar os interesses econômicos que, de fato, deram norte para suas ações militares.

Não permitir que os tigres asiáticos, tendo à frente a China e o Japão, façam com que o protagonismo americano seja um registro histórico é o principal motivo para a guerra de palavras do xerife do mundo, conhecido como Trump. Perder a importância na região é tudo que os americanos não desejam e procurar manter a situação em seu favor agredindo um parceiro da China e da Rússia é confortável. A imposição pelo terror e a pregação mentirosa dos fatos é o estilo americano que sempre deu certo.

Atualmente o PIB chinês (11 tri/U$) representa 61% do PIB americano (18 tri/U$) se somarmos o PIB do Japão (4,4 tri/U$) os dois países ficam com riqueza correspondente a 86% da riqueza “ianque”.

Por: Ademar Rafael


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