Por G1, Brasília
O presidente Michel Temer decidiu nomear o delegado Fernando Segóvia para diretor-geral da Polícia Federal no lugar de Leandro Daiello.
Nesta quarta-feira (8), o presidente, Segóvia e o ministro da Justiça, Torquato Jardim (ao qual a PF é subordinada), se reuniram no Palácio do Planalto.
Fernando Segóvia tem 22 anos de carreira na Polícia Federal e pertenceu a um grupamento de elite da corporação, o Comando de Operações Táticas (COT). Foi superintendente da PF no Maranhão, adido policial na África do Sul e coordenador, pela PF, da Campanha do Desarmamento.
Leandro Daiello está no cargo desde 2011, quando assumiu o posto a convite do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no governo Dilma Rousseff.
Nesses últimos anos também passaram pelo Ministério da Justiça Eugênio Aragão, Alexandre de Moraes e Osmar Serraglio, além do atual, Torquato Jardim. Todos mantiveram Daiello no posto.
Daiello é o segundo diretor-geral que mais tempo permaneceu no cargo (seis anos e dez meses, entre 2011 e 2017). Ele só ficou menos que Moacyr Coelho (11 anos, entre 1974 e 1985).
Ele esteve à frente da PF durante todo o curso da Operação Lava Jato.
De acordo com a colunista do G1 Andréia Sadi, o ex-presidente da República José Sarney fez lobby junto a Temer pelo nome de Segóvia.
Segundo a colunista, Sarney conversou com o presidente sobre o assunto no final de semana do dia 17 de setembro, quando foi recebido no Palácio do Jaburu.