Com informações da Agência Brasil
O empresário Joesley Batista, principal acionista da JBS, e o executivo do grupo J&F Ricardo Saud, devem ser transferidos para Brasília somente nesta segunda-feira (11).
Delatores do caso JBS, que mergulhou o governo Michel Temer na crise, Joesley e Saud se entregaram por volta das 14h15 à Polícia Federal em São Paulo neste domingo (10). Eles tiveram a prisão decretada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que acolheu pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O pedido de prisão foi feito depois de Janot concluir que os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos. A conclusão de que os delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR a partir de gravações entregues pelos próprios delatores como complemento do acordo. A PGR também pediu a prisão do ex-procurador da República Marcelo Miller, mas Fachin disse que não há elemento indiciário com a consistência necessária à decretação da prisão temporária.
Marcelo Miller
A PGR também pediu a prisão do ex-procurador da República Marcelo Miller, mas Fachin disse que não há elemento indiciário com a consistência necessária à decretação da prisão temporária. Fachin havia determinado que o cumprimento dos mandados ocorressem com a “máxima discrição e com a menor ostensividade”, evitando o uso de algemas, pois não se trata de pessoas perigosas. “Deverá a autoridade policial responsável pelo cumprimento das medidas tomar as cautelas apropriadas, especialmente para preservar a imagem dos presos, evitando qualquer exposição pública”, diz a decisão.